Outubro faz desabrochar na mente da Therezinha lembranças de mais de 40 anos e que compõem sua história de empreendedorismo. Mulher aguerrida, virou empresária quando percebeu que o ramo do marido, a alfaiataria, perdia espaço para as lojas de vestuário que pipocavam por Novo Hamburgo lá em 1979.
Therezinha Chassot é a fundadora da floricultura mais tradicional de Novo Hamburgo: a Rosinha Decorações. Em 79, vendo o movimento de renovação no comércio do vestuário, área de atuação do esposo, preocupou-se logo com o bem-estar da família e passou a pensar num jeito de ajudar a garantir o orçamento. As flores lhe mostraram o caminho.

“Na região que habitávamos não tinha muita coisa, mas sabia que os vizinhos gostavam de enfeitar as casas, presentear as pessoas… Aí pensei: – Com uma loja de flores poderia facilitar a vida deles e isso poderia ser bom para nós também. Me associei com uma sobrinha e combinei com o Rafael, meu marido, que trabalharia meio ano. Se desse certo, continuaria. Se não desse, encerrava o negócio.”
O ponto de partida foi sua própria casa. Na véspera da inauguração, as flores estavam chegando e com elas, chegou também o representante de uma funerária que ficava próxima. Encomendou, de pronto, 3 coroas. “Quando a gente abriu, no dia seguinte, as vizinhas vieram logo. As pessoas que frequentavam a casa mortuária também viam que no outro lado da rua tinha uma floricultura e isso ajudou a disseminar o nome. Ficou bem visitada a nossa casa.”
Naquela época, as flores mais nobres eram as rosas e os cravos, e as mais comuns, os crisântemos. Na inauguração, lembra Therezinha, foram vendidas quase todas as flores da loja para vizinhos e velórios. As salas mortuárias ficavam onde, atualmente, é o Centro Clínico Regina. Um ano e quatro meses depois, Kátia, sua filha, ingressou como sócia na empresa e ajudando no seu desenvolvimento institucional e comercial.
A Rosinha Decorações orgulha-se de manter um conceito de inovação em produtos, com buquês e arranjos com design sempre atuais e uma participação destacada em decorações de eventos pela região. Ela foi precursora no serviço de Assinatura de Flores no Vale dos Sinos.
Para Kátia Schu, Hamburgo Velho é um bom lugar para empreender. “É um bom bairro, com grande fluxo de pessoas, economicamente diversificado, com comércio durante o dia e entretenimento à noite. Escolas no seu entorno, referências na área de saúde. Tudo isso, garante uma boa circulação de público.”
Em termos imobiliários, Kátia diz que vale a pena investir. “A valorização dos prédios, terrenos, residências e comércio é crescente e tem potencial para mais”, afirma.