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A luta de um bairro para fazer parte de Novo Hamburgo

Depois de percorrer o primeiro bairro de Novo Hamburgo (confira a primeira matéria do projeto “Jogando a favor do seu patrimônio” aqui: https://bit.ly/2zA6wZf), conhecendo as histórias e projetos que tem transformado Hamburgo Velho, partimos para o outro lado da cidade, para saber a história da comunidade que se uniu para fazer parte de Novo Hamburgo.

O Boa Saúde é o bairro com maior área de terra a ser construída na cidade

O bairro Boa Saúde pertencia a São Leopoldo, apesar de ser bem afastado da cidade. Com a união das pessoas, reuniões, abaixo-assinados e muita luta, em 1993 passou a fazer parte de Novo Hamburgo.

Para saber mais desta história, visitamos Jorge Velho. Atual presidente da Associação dos Moradores do Bairro e morador do Boa Saúde desde 1969, ele foi uma das lideranças que iniciaram a luta pela anexação do bairro a Novo Hamburgo.

Antes de ser anexado a nossa cidade, os moradores do Boa Saúde passaram por muitas dificuldades. Sem poder acessar os serviços públicos como escolas e postos de saúde, iniciaram uma campanha para que o bairro fizesse parte de Novo Hamburgo, cidade onde realmente estava sua vida. Onde trabalhavam, onde os filhos estudavam, mas uma cidade que não podiam chamar de sua.

Até antes da anexação, o Boa Saúde era praticamente uma zona rural. Com campos, pastos, criações de cavalos e gado, foi a partir de 1993, com a anexação daquela área a de Novo Hamburgo, que o bairro começou a ser visto com outros olhos.

“A gente não tinha nada na época em que viemos para cá. As ruas sequer tinham nomes. Eram campos, banhados. Nada do que existe hoje existia. Era como se fosse uma colônia. E o pior: nossa vida já era em Novo Hamburgo, mas a cidade não nos aceitava. Muitas vezes, nem São Leopoldo nos aceitava, por causa da distância”, explica Jorge Velho.

Mas foi com uma luta da comunidade, que se juntou, das escolas, igrejas de várias religiões, que fizemos um grande abaixo-assinado para poder fazer parte de Novo Hamburgo.

A anexação foi confirmada ainda no governo do prefeito Atalíbio Foscarini e o processo de urbanização aconteceu em seguida, com a vinda do asfalto, saneamento, escolas, praças e outras melhorias. Assim, gerar o comércio local foi uma consequência natural para atender os novos moradores que chegavam.

Hoje, o bairro Boa saúde cresceu. Com uma população de 14 mil moradores, oferece praticamente tudo que a população precisa. Há bancos próximos, o comércio local é diverso e amplo, com várias ruas comerciais.

Atualmente, 14 mil pessoas já moram no bairro

Dentro das possibilidades de novos negócios, o Boa Saúde ainda é um diamante a ser lapidado. Isso porque, ainda é um dos últimos bairros da cidade com grandes áreas para receber empreendimentos (aproximadamente 320 hectares) como, condomínios, prédios, salas comerciais e, principalmente, moradias.

Sua proximidade com a BR 116, com o acesso à serra, ao centro e às cidades vizinhas põe o bairro em um local privilegiado. Suas grandes áreas ainda não ocupadas devem despertar o interesse de investidores. E os comerciantes já perceberam isso, o que faz o Boa Saúde ter um grande potencial.

Cerveja e história: conheça o bar que fica na segunda casa mais antiga de Novo Hamburgo

O empreendedor do Blog nesta semana é Luciano Bortoluzzi Reis, 25 anos, empresário que comanda o Elementum Temple. Luciano é jovem, mas rodado. Morou na Austrália, onde aperfeiçoou o inglês e ampliou sua visão de negócios. Antes, cursava engenharia civil. Quando voltou, seu mundo mudou.

Como surgiu a ideia da cervejaria?

Meu irmão é engenheiro químico e foi quem ideou a empresa. Minha família toda é empreendedora, então, meio natural isso de ele surfar numa onda de negócios que era inovadora no ambiente brasileiro alguns anos atrás, o das cervejas artesanais.

E como você entrou no negócio?

O Juliano havia feito o TCC dele sobre cervejas. Na época o desenvolvimento das artesanais estava muito no início ainda. Frequentei com ele alguns eventos e depois fui viajar. Em 2013 ele foi para a Austrália também e lá me fez a proposta para abrirmos juntos a cervejaria. Eu estava a fim de ficar por lá mais tempo, mas a proposta me seduziu e foi assim que tudo começou. No retorno, troquei meu curso e fui fazer administração, que me proporcionaria conhecimentos mais condizentes para tocar o negócio. Começamos a cervejaria em 2014.

A base de vocês é em Novo Hamburgo?

Sim. Meu sócio-irmão reside em Santa Catarina, pois já tinha negócios lá antes, mas a sede da Elementum é aqui. Ele coordena o marketing, produção e o RH e eu a diretoria comercial, a operação e o financeiro. Produzimos a cerveja na Imigração, com as receitas da Elementum, claro. Eles, mais do que fornecedores, são um parceiro nosso, desde o início da operação.

Hoje o mercado já é bastante competitivo, não?

Com certeza, mas nós começamos num período muito bom. Nosso grupo vem logo após os precursores e isso nos possibilitou fazer um bom trabalho de marca e obter o reconhecimento do público. Nosso primeiro cliente, aliás, foi o Pubis, onde hoje é nosso bar. Fomos ganhando espaço, estruturando a empresa, consolidando a logística e o armazenamento e, desta forma, conquistando nosso espaço.

Luciano Bortoluzzi Reis, empresário de 25 anos, acredita no potencial do bairro Hamburgo Velho

Como é a distribuição da Elementum?

Nós já estamos nos principais mercados do país. Neste sentido, novamente contamos com o apoio da Imigração, que já detinha um know-how muito bom e uma visão ampliada do negócio lá atrás. Nos ajudaram muito e continuamos trocando ideias e informações de forma sistemática.

E o bar, surgiu como?

O Juliano é proprietário de um Hostel em Santa Catarina, numa localização magnífica, com vista para a lagoa da Conceição. O pôr do sol, as montanhas e todo o entorno são de encher os olhos. Ali ele sempre teve um bar e um restaurante para atender aos clientes. Depois, ele abriu o espaço para o público externo. Como estávamos com toda a estrutura armada pensamos em abrir o bar da cervejaria lá. Tivemos que fazer mais uns investimentos para adequar o local, com câmeras frias, uniformes, etc e criamos o primeiro bar lá.

Antes de Novo Hamburgo já havia uma experiência com o segmento, então?

Sim. O bar em Novo Hamburgo nos foi oferecido pelos antigos donos do Pubis, com quem também sempre tivemos um ótimo relacionamento. Não foi uma decisão muito fácil, fiquei com um pé atrás no início, mas refletimos muito e resolvemos encarar o desafio. Era uma oportunidade única, a casa estava toda estruturada. Entretanto, nossas avaliações também mostraram que seria impossível abrir sem ter um sócio operacional, para estar efetivamente cuidando do dia a dia do negócio. Não bastava um gerente. Assim, entrou o Bruno Santos, que é formado em gastronomia e já cuidou de toda parte de formulação de cardápio, fichas técnicas e está contribuindo enormemente conosco.

Essa experiência do bar, por ser em Hamburgo Velho, te traz benefícios?

Hamburgo Velho tem seus apelos e seus encantos e eles nos fazem acreditar muito no futuro do bairro. Estamos na Maurício Cardoso, uma das principais ruas da cidade hoje em dia e que tem uma oferta muito qualificada de bares e restaurantes, além de grande diversidade de negócios bacanas. É um polo gastronômico, na nossa visão.

Essa casa antiga, histórica, ajuda no apelo do bar?

Com certeza. Tanto que a gente transformou a entrada, que antes era pela lateral, justamente para possibilitar um circuito diferenciado aos nossos clientes. No caixa ele se depara com uma descrição da casa, contando a história e isso cativa, gera interesse. As pessoas ficam sabendo que as paredes da casa são de 1840 e são originais. Agrega, né? E nos auxilia na questão de apelo cultural da casa.

O “templo” da cervejaria mistura um visual artístico com uma construção histórica

Que características do bairro você destacaria?

É um bairro seguro, bem estruturado, com peso histórico e cultural muito importante. Não tem buracos nas ruas, que são bem sinalizadas, as calçadas são bem conservadas…

O que poderia valorizar o bairro ainda mais?

Mesmo os pontos positivos podem sempre ser melhorados. Uma monitoria do bairro, poderia reforçar ainda mais segurança, por exemplo. O trânsito teria que ser melhor avaliado, porque temos poucas vagas de estacionamento e as vezes o layout das ruas dificulta a movimentação das pessoas, dos fornecedores, inclusive.

Tu investirias ou recomendarias investir no bairro?

Se tem algum bairro que eu investiria no momento seria nesta região, com certeza.

Projeto Bairros de Novo Hamburgo: jogando a favor do seu patrimônio

A sociologia define sociedade como um conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. O bairro, por sua vez, é uma comunidade situada numa determinada área geográfica. Representa a unidade mínima de urbanização existente na maioria das cidades do mundo e é onde, efetivamente, todos nós vivemos.

Novo Hamburgo – uma cidade em permanente transformação (Foto: Alceu Feijó Filho)

Há muitas variáveis na definição do bairro em que vamos residir ou constituir um negócio, mas, a partir daí, passamos a integrar aquele núcleo e compartilhar interesses, inquietudes e objetivos comuns: segurança, escolas, postos de saúde, desenvolvimento, valorização imobiliária são algumas delas.

Os bairros são um assunto riquíssimo e, por isso, virou tema da coluna “É Negócio”, escrita mensalmente por mim na revista Expansão RS, e que agora trazemos para o nosso blog.

Com isso, queremos fazer um mergulho em Novo Hamburgo e retratar alguns deles tanto na revista como por aqui.

O “Projeto Bairros de Novo Hamburgo – Jogando a favor do seu patrimônio” veio se delineando de uma forma orgânica. À medida que fui abordando os assuntos da nossa cidade, descobrindo nuances que desconhecia, comecei a perceber o quanto os bairros influenciam o todo, para o bem ou para o mal.

O assunto virou tema e o tema virou projeto quando tive a oportunidade de entrevistar o Deivid Schu, vice-presidente da Associação de Moradores e Empreendedores de Hamburgo Velho.

Novo Hamburgo sob um novo olhar (divulgação)

Ali, fiquei com um sentimento de que poderia dar uma contribuição diferente para nossa cidade, partindo do exemplo da entidade presidida por ele, a Associação dos Moradores e Empreendedores de Hamburgo Velho (AME).

É isso que nós, da revista Expansão RS e do blog Jorge Trenz pretendemos, modestamente, fazer. Inspirar, através de bons exemplos, de iniciativas e realizações que partiram de ideias, de trabalho e envolvimento da própria comunidade, com ou sem parceria do poder público.

Não podemos ficar sentados eternamente esperando que as coisas aconteçam ou que alguém vá lá e faça. Penso que exercer a cidadania é cobrar, sim, das autoridades que cumpram com aquilo que lhes cabe. Mas também ser atuante, participativo, lançar ideias, discutir, expressar sua opinião, atuar com o seu vizinho na busca do que é de interesse de todos.

Um bairro limpo, bem cuidado, com passeios conservados, sem lixo descartado de maneira indevida depende da atitude de cada um. E é disso que vamos falar, fundamentalmente.

Fique atento aqui no blog ou na nossa página no Facebook (https://bit.ly/2IFvs5U) para conhecer um pouco mais das próximas matérias!

 

Empreendendo em nossos bairros – Hamburgo Velho

Quando falamos em mercado imobiliário, vamos muito além de investir em imóveis. Envolve a cidade, a comunidade, o comércio, os pontos positivos e negativos de cada lugar. Por isso, a partir de agora, nosso blog começa uma série de entrevistas com empreendedores de diversos bairros da cidade. Afinal, cada pequeno negócio tem papel fundamental na construção de uma comunidade local.

Nossa primeira série acontece em Hamburgo Velho, bairro histórico da nossa cidade. Onde tudo começou, com a chegada dos alemães em 1824. De lá pra cá, é claro, muita coisa mudou. O que não mudou é a vontade dos hamburguenses de fazer uma cidade cada vez melhor.

E é gente como o Márcio Eduardo Becker, sócio-gerente da Pizzaria Canttone, que faz com que o bairro se torne uma comunidade próxima, com um comércio voltando a ser latente e levando cada vez mais pessoas ao bairro histórico. A pizzaria já existe há 17 anos, e foi em Hamburgo Velho que enxergou novas possibilidades.

Márcio Becker: um jovem que escolheu Novo Hamburgo para empreender

Márcio conta que foi servidor público por 10 anos, quando decidiu aceitar o convite do seu cunhado, que já tinha a pizzaria em Campo Bom. O sócio-gerente conta que ao todo são gerados cerca de 90 empregos diretos e indiretos através das três pizzarias.

Conservando a essência do tradicional, com um sabor caseiro e um preço justo, a Canttone fixou-se em Hamburgo Velho, um local familiar, mas que mistura um público jovem. Márcio destaca que o público é diversificado, em diversos aspectos, e que o bairro também é um local de grande fluxo de pessoas.

Quais são os aspectos que diferenciam Hamburgo Velho dos outros bairros?

“Hamburgo velho está jovem novamente. Há muita coisa começando. Os prédios históricos estão sendo restaurados. Os jovens estão voltando ao bairro. Há novos empreendimentos, pubs, até franquias nacionais. Talvez nem o Centro tenha tantos espaços de convívio como Hamburgo Velho. Isso é bom, pois cada vez mais as pessoas estão se fechando em condomínios.”

Quais as vantagens de Hamburgo Velho para novos empreendedores?

“Mesmo mudando de endereço, vamos nos manter no mesmo bairro, na mesma rua. Vamos melhorar a nossa estrutura, nosso espaço interno e externo, proporcionando um ambiente melhor aos nossos clientes, mas sem deixar Hamburgo Velho.”

A Pizzaria Canttone começou em Campo Bom, mas viu em Novo Hamburgo uma possibilidade de bons negócios

O que pode melhorar para valorizar o bairro?

“Acredito que o poder público. Definir os critérios para impedir a instalação de arranha-céus, por exemplo, ou grandes empresas. Particularmente, acho que isso mudaria a  característica do bairro.

Tem muita gente que se queixa dessas “casas velhas”, dessas coisas que não mudam. Eu acredito que é justamente isso que ainda está conseguindo preservar Hamburgo Velho, diferente dos outros bairros e até de outras cidades. Aqui é possível passar uma quadra inteira sem um edifício alto, sem um grande pavilhão.

Novo Hamburgo tem diversos desses pavilhões abandonados, isso cria uma sensação de insegurança. Hamburgo Velho tem esses pequenos e médios comércios, um ao lado do outro. Se falha um no meio, não causa uma lacuna tão grande.

Outra coisa importante é agilizar as liberações necessárias para quem quer empreender no bairro. Como são prédios históricos, dizem que precisam autorização de Brasília, tudo é bastante burocrático.

O bairro Hamburgo Velho foi escolhido pelas suas características únicas e público diversificado

Fique atento aqui no blog. Em breve tem mais entrevistas com os moradores e empreendedores de Hamburgo Velho!

SIM, SENHORA! VOCÊ TEM TODA RAZÃO

A decisão é a dois, mas a definição é delas

O empoderamento das mulheres se consolida nas mais diferentes atividades. Elas abriram espaços em segmentos e decisões que eram quase que estritamente masculinos, sem tirar o pezinho de onde já tinham colocado o salto. O mercado imobiliário é um perfeito exemplo. E vamos convir: nesta questão em especial, elas decidem com mais pertinência e sabedoria. Cientes disso, os homens não se atrevem a cogitar, sequer pensar em fazer a compra de um imóvel para moradia sem ter a aprovação total da sua cara-metade. A experiência me indica isso há muito tempo, mas as estatísticas vêm transformando a percepção numa claríssima evidência, ano após ano. Há, entretanto, outras sutilezas interessantíssimas nessa relação.

À razão falta um certo “feeling”. Ela não sonha com as cores, luzes e texturas e, muitas vezes, não tem sensibilidade para projetar ambientes acolhedores e agradáveis. Por sua vez, a emoção não consegue sentir-se plena num espaço qualquer, longe de tudo e de todos, só pra economizar um dinheirinho. Ela quer saber onde nasce o sol, se o silêncio virá lhe fazer companhia ao menos em algumas horas do dia, se o lar será um refúgio ou apenas subterfúgio para o extremado corre-corre diário. Resta, assim, chegar a um entendimento. Faço esta introdução para ilustrar o processo decisório da compra de um imóvel. Seja o primeiro apartamento ou um upgrade no padrão de vida, a probabilidade de uma decisão unilateral é praticamente nula. Mas as mulheres vêm, cada vez mais, dando a última palavra.

Como Consultor Imobiliário, tenho assessorado e orientado casais na escolha da melhor alternativa, respeitando sempre as características pessoais, as expectativas dos futuros moradores, o cenário econômico-financeiro e outras variáveis que compõe o processo decisório. Um trabalho que precisa ser executado com extremo cuidado, dedicação e sensibilidade, dada a importância dessa decisão na vida das pessoas.

ELAS SÃO MAIS PRÁTICAS

OBJETIVOS, ELES TAMBÉM QUEREM AGRADAR

Quando duas pessoas decidem morar juntas é porque estão unidas por laços diversos. Têm apreço pelas mesmas coisas, um estilo de vida semelhante, gostam de compartilhar seus momentos livres na companhia do outro. Mas só amor não basta. Mais cedo ou mais tarde, vão querer também um endereço pra chamar de seu. Até aí os dois são pura sintonia. De olhos fechados, tocam a mesma partitura. Mas o que cada sexo prioriza na hora de escolher a moradia?

Geralmente, o homem pensa mais no financiamento, na documentação exigida e em informações mais técnicas. Se ocupa raciocinando se está ou não realizando um bom negócio, analisa descontos e projeção de custos e dá atenção às questões de segurança e de lazer para a família. A mulher, mesmo tendo preocupações semelhantes, vai além.

A mulher se dedica a imaginar o imóvel como a casa que atende aos desejos, onde poderá ter qualidade de vida e constituir um lar. De forma geral, é mais detalhista com os acabamentos, considera as opções que ela terá para closet, quartos ou suítes para as crianças, decoração, se a casa tem espaço verde e jardim, se comporta animais de estimação, se tem área de lazer. Elas sempre se preocupam com a distância do imóvel para o comércio, escolas, supermercados, como é a vizinhança e as alternativas para receber bem familiares e convidados. Normalmente é ela que vai decidir o dia a dia da residência, independente de ser dona de casa ou não e, por isso, sua visão é mais abrangente e origina perguntas que o homem nem tinha pensado. Daí vem seu poder de decisão final, que me atrevo a dizer, chega perto de 80% a favor delas. Já atendi casos de casais que, apesar de todos os pontos favoráveis do imóvel, não fecharam negócio porque a mulher disse que não era isso que tinha sonhado e o marido, na busca por agradá-la, desistiu da aquisição. O homem não compra um imóvel que a mulher não gostou. Porém, é ele quem toma a decisão, na maioria das vezes, de procurar o corretor, informar-se sobre formas de pagamento. Eles se preocupam com a estrutura, o valor da taxa condominial, com o espaço que a família terá. Tamanho da garagem, churrasqueiras e quadras esportivas também são pontos de atenção masculino. A objetividade é natural neles na hora de comprar praticamente tudo, mas no caso dos imóveis há um cuidado especial: uma grande preocupação com a mulher. É uma coisa de carinho mesmo. Eles se preocupam muito com elas, seu bem-estar e da família. É bonito. E quando tudo dá certo pra todos, aí fica bonito de verdade. Trabalhar dentro do entendimento, da igualdade é uma grande conquista. Nessa questão imobiliária há sempre uma conjunção muito positiva, uma energia muito boa, porque mulheres e homens estão buscando um objetivo comum. Se brigam é pra melhorar a escolha. Melhor jogar de igual pra igual. E ter admiração real.

 

Você é uma e é muitas

Tudo que você faz, as vezes ainda lhe parece pouco. Faltam horas no seu dia para tantos compromissos, mas lhe sobra paciência, doçura, amor, alegria, talento, ousadia, força, inteligência e tantos outros atributos e qualidades que só dá pra comparar você com você mesma. 

Parabéns pelo seu dia. Parabéns por ser você.

Receba o meu abraço e a minha admiração!!

Jorge Trenz

 

 

O bairro que se uniu e está colhendo os frutos

A principal referência histórica da cidade de Novo Hamburgo, o bairro Hamburgo Velho, hoje puxa o futuro. Foi aqui que tudo começou e é onde parece se renovar para dar exemplo para todos nós, que somos Novo Hamburgo de coração. Feevale, Hospital Regina, Galeria Scheffel, para ficar em alguns exemplos, nasceram por ali e tornaram-se referência. Mas esse pedacinho da gente tem muito mais pra mostrar e inspirar.

Para entender um pouco  mais o movimento que vem acontecendo há muitos anos no bairro, e achar que poderia dar uma bela matéria para a minha coluna É Negócio, edição de fevereiro/2018 da Revista Expansão RS,  procurei o Deivid Schu, que é o o vice-presidente da Associação de Moradores e Empreendedores de Hamburgo Velho. Espero que você aprecie o bate-papo que tive com ele.

Qual o propósito de existência da Associação?

Como associação representativa, o principal benefício que queremos entregar para comerciantes, empreendedores e moradores é o desenvolvimento do bairro. Temos três eixos primordiais, que são o patrimônio histórico, a sustentabilidade e o empreendedorismo como motor pra isso.

De que forma vocês contribuem para a construção de uma cidade melhor? 

Somos propositivos. Não acreditamos que apenas reclamando conseguiremos construir algo. A partir desta visão desenvolvemos uma série de estudos para propor soluções ao bairro, seja através da indústria criativa, da interferência na mobilidade urbana, na segurança. É assim que a gente tenta contribuir: desenvolvendo ideias, trabalhando as mesmas com a comunidade e, a partir daí, orientando e participando de todo o rito legal, desde a apresentação para a prefeita, seus secretários, a Frente Parlamentar de Patrimônio Histórico e até a participação em audiência pública.

Como tu avalias a evolução das ações da entidade até o presente momento?

No que tange ao empreendedorismo e patrimônio histórico já atingimos a média, diria que um conceito “C +”. Existe know how, colaboradores que podem nos dar suporte dentro de casa nestes dois pontos e a gente abastecer com informações pertinentes os nossos vizinhos, os investidores… A sustentabilidade é o braço menos desenvolvido e carece de maior conhecimento da nossa parte. De ajuda mesmo. Sabemos que é essencial e temos o Parcão dentro dos nossos limites geográficos, uma responsabilidade e tanto.

Quais as principais dificuldades para a entidade, Deivid?

Há uma dificuldade das pessoas participarem das reuniões formais, não podemos negar. Isso torna tudo um pouco mais difícil, mais demorado. Hoje, temos cerca de 2 mil unidades habitacionais no bairro, entre residências e comércio, e não conseguimos atingir a maior parte delas. A percepção de valor sobre um imóvel histórico ainda está longe de ser compreendida e temos um longo caminho a percorrer neste sentido. É sabido que em qualquer lugar do mundo uma área de patrimônio histórico é mais valorizada que outras.

Fotos: Marcos Quintana – acervo pessoal

Novo Hamburgo entre as cidades mais atrativas para investir em imóveis

Para quem pretende negociar imóveis na cidade, esta é uma excelente notícia

Segundo Sindicato de Habitação, Novo Hamburgo tem um dos melhores potenciais do RS

O Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul divulgou os novos índices de atratividade dos municípios para investir em imóveis. São consideradas 15 variáveis socioeconômicas para calcular o indicador, mas o mais importante é que o foco é na demanda, fator essencial para incorporadoras e investidores decidirem ou não tocar um empreendimento.

Novo Hamburgo aparece em destaque no estudo, junto com Caxias do Sul, Canoas, Pelotas, Santa Maria. Os cinco municípios lideram o ranking desta que é a terceira edição do estudo do Secovi-RS.

Porto Alegre está fora desta estatística em particular. Esta situação demonstra claramente que Novo Hamburgo tem um perfil diferenciado. É uma cidade que reage rapidamente e desponta nas primeiras colocações entre os municípios do RS em diferentes tópicos.

Minha percepção é que o mercado já se deu conta disso, pelo sensível aumento na procura por imóveis de diferentes padrões, sejam eles para moradia ou para investimento.

Reprodução: Secovi RS

Surpreendeu: Canudos como o bairro mais procurado pelos hamburguenses

Canudos é uma mini-cidade dentro de Novo Hamburgo e que tem evoluído a passos largos nas últimas décadas. Indústrias, bancos, serviços, escolas, enfim, tudo que é necessário para estabelecer as condições de vida e convivência social floresce ali com uma força rara. Por isso, não fiquei tão impressionado com o resultado do ranking apresentado no último post. Mas muitas pessoas, após tomarem conhecimento do relatório publicado aqui no blog, me questionaram e eu achei isso super legal. É uma prova clara de que já não estou falando sozinho aqui. Portanto, vou tentar esclarecer um pouco melhor a situação e as razões plausíveis para tal resultado.

Primeiro, devemos considerar que, nos últimos anos, a atividade econômica manteve-se presa a um cenário de incertezas. O fantasma do desemprego nas mais diversas categorias e os generalizados escândalos na politica empurraram a maior parte da população ladeira abaixo e as exigências para se obter crédito imobiliário aumentaram. Segundo ponto: moradia é uma necessidade básica e, mesmo com recursos menores, as pessoas continuaram precisando ter um teto para morar. Temos aí, duas razões claras que ajudam a explicar o “momento” e o próprio resultado que, para alguns, foi surpreedente. Os dados para estruturar o ranqueamento dos bairros deu-se pela oferta e demanda, distribuídos em três pilares fundamentais: maior oferta de imóveis compatíveis ao poder de compra da maioria dos interessados; tipologia do imóvel e, por fim, localização, o que resultou num maior tráfego no bairro Canudos. Importante ressaltar que na análise não foram considerados as características específicas dos bairros, se um é melhor do que o outro. Pode ter sido essa a grande surpresa. Continuem participando, enviando comentários e sugestões. Receberei sempre com grande prazer e profundo interesse  todas as manifestações.

Os bairros mais procurados pelos hamburguenses nos últimos meses

Imóveis não sobem e descem de cotação como ações na bolsa de valores, mas também são sensíveis às mudanças que o mercado determina. As variações acontecem muito  mais por áreas geográficas e a análise de dados que podem embasar uma decisão de investir ou não em determinado bairro precisa ser acompanhada por leituras que levem em conta o plano diretor da cidade, as percepções da população em com relação às condições de trabalho, segurança, saúde e educação daquele zoneamento, perspectivas industriais e comerciais, entre outros. Ou seja, como qualquer investimento precisa ser estudado, comparado e amparado nas orientações de um profissional  especializado na área imobiliária. Isso vale na aquisição de moradia, ponto de comércio, indústria, serviço ou aposta financeira mesmo.  Na Jorge Trenz Negócios Imobiliários utilizamos, entre outras ferramentas, os dados coletados (*) através de alguns dos maiores portais imobiliários do Brasil, mas, com um olhar particular para Novo Hamburgo.

*últimos 12 meses.