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Em terra de alemão nasceu a África, que depois virou bairro com nome indígena.

Fiquei deveras surpreso quando soube que nossa cidade foi escravagista. Sério, tivemos escravos em Novo Hamburgo e a área que concentrou a maioria deles, na época, chamava-se África. Hoje, conhecemos como bairro Guarani. O nome indígena vem de outro fato inusitado. Havia uma empresa de ônibus chamada Transporte Guarani e o coletivo tinha um cacique estampado na lateral.

Passado e presente coabitam no Casarão dos Friedrich

O pessoal dizia: Vou pegar o Guarani. E, assim, o nome da empresa acabou batizando o bairro onde hoje reside o casal Maurício Martins e Liege Tagliari. Antes da conversa com eles, tive a oportunidade de um bate papo com o Zeca Martins, pai do Maurício, que me contou esses eventos, no mínimo, curiosos.

O Maurício conhecia a história, também através do Zeca.  A Liege,  ficou tão surpresa quanto eu. Nascido e criado no Guarani, Maurício conta que hoje sua rotina é fora do bairro, mas a vida dos dois é aqui. Já sua esposa afirma que tudo que precisa tem: salão de beleza, mercadinhos diversos, restaurantes, pet shop. O Outlet é perto, o acesso a bancos é tranquilo e o centro é um pulinho também. O bairro é bem estruturado em serviços.

Liege Tagliari e Mauricio Martins acreditam que dar bons exemplos incentiva todos a cuidar do que é nosso

Os imóveis valorizaram bem no Guarani. Liege comenta que tem preços que não condizem com a realidade. “Apesar de o bairro ter prosperado, alguns valores estão fora da curva”, diz ela, que nas suas idas e vindas fica pesquisando valores.

Maurício acredita que a valorização é sinal de evolução, de crescimento e afirma que poderia estar melhor ainda se as pessoas cuidassem do patrimônio público, não vandalizassem. “Não me refiro só ao Guarani, acho que nossa sociedade precisa rever conceitos. Precisamos cuidar do que é nosso e isso envolve todos e também contamina, tanto positivamente como negativamente”, diz.

Ele cita o exemplo de um terreno na sua rua que tinha virado depósito de lixo. O dono fez calçada, roçou e pararam de colocar lixo no local. Não é sempre assim, mas é um exemplo positivo, como acontece para os lados de Dois Irmãos, Morro Reuter, Ivoti. Tudo ali para cima é bem cuidado, a população se engaja, comenta.

Também é uma questão de educação, consciência. O governo deve dar o exemplo, claro. Ambos acreditam que o bairro valorizaria ainda mais  com uma padronização das calçadas, por exemplo. A área plana é favorável para que as pessoas caminhem, se apropriem dos espaços de verdade. Mas há muitos desníveis, má conservação dos passeios públicos.

Rua São Luiz Gonzaga: o caminho que leva a todos os lugares do Guarani

Faltam boas lixeiras nas ruas. A infraestrutura de uso social precisa ser aprimorada. Uma poda regular das árvores também ajudaria a deixar o bairro mais bonito e atraente para investir. Aí as pessoas já se animam a cortar sua grama, cuidar do jardim, da praça. Assim, vamos melhorando, finaliza Liege.

Espero que vocês tenham gostado da nossa passagem pelo bairro Guarani. Para mim, foi surpreendente conhecer uma pequena parte da nossa história, mas também foi positivo ver que em todos os cantos da cidade, os cidadãos estão cada vez mais conscientes da importância da ação de cada um para fazer uma Novo Hamburgo melhor.

Fotos: Marcos Quintana

 

 

Vila Vogel e Vila Fleck? Mas afinal, isso era em Novo Hamburgo?

Antigamente, muitas regiões ganhavam o nome dos grandes proprietários de terra. Foi assim com a Vila Fleck e a Vila Vogel. As duas deram origem a um dos mais encantadores bairros de Novo Hamburgo, quando a Prefeitura decidiu retirar a expressão “Vila” de todos as regiões assim denominadas na cidade. Já descobriu qual é? Pois estamos falando do bairro Jardim Mauá, que foi tema da minha coluna na Revista Expansão no mês de julho.

Quem já ostenta alguns cabelos brancos relembra com saudades desse tempo, onde a vida era mais simples e mais devagar. Minha amiga Rose Scheffel foi quem me contou essa história. Moradora do Jardim Mauá há 46 anos, conhece bem as histórias do bairro. Só perde para os pais dela, que moram lá há 65 anos!

Ela conta que naquela época haviam pouquíssimas casas, espalhadas aqui e ali, praticamente no meio do mato. Seu pai abriu uma das ruas existentes até hoje com a própria enxada! Durante a noite, o coaxar dos sapos eram a melodia que embalava o sono dos poucos moradores. As famílias Vogel e Fleck, aos poucos, foram vendendo e loteando os terrenos e, assim, surgiu o bairro Jardim Mauá.

A presença da natureza é um privilégio para os moradores da região

Apesar de ser bem diferente do passado, o bairro ainda é conhecido por sua tranquilidade. “O silêncio e a segurança, se comparado aos outros bairros, é o que mais agrada os moradores daqui”, explica Rose. “ A gente conhece as pessoas pelo nome, as famílias ainda ficam na frente de casa, tomando chimarrão, conversando com os vizinhos”, conta a moradora.

Outros pontos que colocam o Mauá entre os melhores bairros da cidade para se viver é o fácil acesso a serviços e comércios próximos e, claro, a vista de alguns pontos da cidade. Nos locais mais altos, é possível ter uma vista deslumbrante do nascer do sol e também da lua, e é possível enxergar até Lomba Grande.

Próximo do Centro e de Hamburgo Velho, com um acesso fácil a qualquer ponto da cidade, o bairro se ressente da falta de agências bancárias ou lotéricas nas proximidades. Aliás, essa é uma demanda da maioria dos bairros pelos quais passei.

Nossa entrevistada Rose Scheffel e seu filho João Gabriel curtindo em família

Rose comenta que há muitos idosos no Jardim Mauá e, para essas pessoas, isso é uma dificuldade. Outra demanda antiga dos moradores é um Posto de Saúde próximo. Atualmente, é preciso se deslocar a outros bairros, como Hamburgo Velho, para ter acesso ao atendimento.

Gostou? Confira a matéria do bairro Jardim Mauá para o projeto “Valorizando o Seu Patrimônio”: http://blog.jorgetrenzimoveis.com.br/2018/08/23/um-nome-bonito-um-bairro-encantador/

Fotos: Marcos Quintana

POR QUE ESTÁ TÃO DIFÍCIL VENDER O MEU IMÓVEL?

Como consultor imobiliário, tenho a obrigação de cruzar dados e informações que me permitam compreender o mercado, avaliar o momento e, assim, dar a melhor orientação aos meus clientes. E quero dizer: mesmo com as dificuldades, os negócios seguem acontecendo.

Obviamente, existem incontáveis fatores que podem afetar uma negociação. Mas quero te dizer o seguinte: no mercado imobiliário opera-se com 3 valores:

1 – o preço para construir;

2 – o preço pretendido pelo proprietário;

3 – e o preço que o mercado está disposto a pagar.

Mesmo fazendo toda uma matemática para se chegar no preço justo é o mercado que estabelece o quanto ele está disposto a pagar.

Em geral, essa regra não segue o mesmo roteiro, quando algum imóvel passa a ser um produto de desejo para muitos interessados. Aqui, o proprietário fica numa situação mais confortável.

Quando crio o planejamento de compra ou venda de um imóvel para um cliente, observar estes fatores me ajuda a definir a melhor estratégia. Se quiser fazer seu negócio se concretizar nestes tempos voláteis, fale claramente com o seu consultor. Ele certamente vai saber te orientar a melhor maneira.

 

 

 

Morro dos Cabritos? Pois assim chamavam um importante bairro da nossa cidade

Era um sábado e a manhã estava coberta por um azul claro, profundo e calmo. O sol e o frio do inverno hamburguense harmonizados, passarinhos cantando e um silêncio introspectivo preenchiam o cenário no antigo Morro dos Cabritos. O casal José Cacio Bortolini, advogado de longa data, e sua esposa Margit Bortolini, arquiteta, me receberam na porta de sua agradável residência para a conversa que deu origem a esta matéria.

A Praça do Boa Vista é um espetáculo a parte para os moradores

Sai de casa aquele dia pensando no artigo sobre o bairro Boa Vista. Mas, logo que cheguei, fui surpreendido com a história do tal Morro dos Cabritos. Trabalho com imóveis há mais de 20 anos em Novo Hamburgo, e não recordava essa história!

Margit me explicou que esse desconhecimento é natural. Afinal, só quem era da região conhece a história. É o caso dela. Criada no bairro Rondônia, ficava impressionada com o tal morro, que cruzava no trajeto que fazia a pé até a loja do pai, que ficava no centro. Ela conta que sempre sonhou em residir ali, pela bela vista que o ponto proporcionava. Afinal, não é a toa que o bairro leva esse nome hoje: Boa Vista.

O sonho se realizou em 1989, quando se mudaram para a rua Caí. “Vivemos um lindo tempo ali. Nos desenvolvemos profissionalmente, criamos nossos filhos e tivemos uma próspera vida em família”.

Apesar de o bairro ser prioritariamente residencial, a vontade de ficar por ali foi tanta que também virou local de trabalho. Eles brincam que tem “dupla cidadania” no Boa Vista.

A primeira casa acabou dando espaço ao escritório de Cacio em 2002, quando o casal se mudou para o lar em que vivem hoje, bem em frente à famosa “Praça do Boa Vista”.

Margit e Cacio Botolini: viver no Boa Vista sempre foi um sonho do casal

A relação com o bairro, portanto, é antiga. O desejo de Margit se concretizou junto com o marido Cacio. “Nós dois simpatizamos muito com  as condições que o Boa Vista oferece, tem muito a ver com a gente. É a estrutura, a geografia, o traçado das ruas, enfim, o conjunto todo compõe um ambiente que nos agrada muito. Essa percepção, esse encantamento foi crescendo e nunca mais pensamos em ir para outro lugar”, explicaram.

Ele, que já foi procurador geral do Município, voltou a se dedicar à advocacia. A construção é muito próxima da Prefeitura, o Fórum e a Justiça do Trabalho, locais de grande fluxo para advogados. “A Margit, como competente arquiteta que é, conseguiu transformar a estrutura residencial da nossa ex-casa em um ambiente comercial”, diz Cacio.

Na escolha da moradia atual, o bem-estar era palavra-chave. Ficar em família, curtir o pátio, brincar com os cachorros e ter uma hortinha eram aspectos fundamentais. Por isso, a opção por uma casa não muito grande, mas com todas essas qualidades.

O Boa Vista não foi só o sonho do casal Bortolini. A pesquisa que realizei revelou que é o segundo bairro favorito dos hamburguenses caso fossem mudar do bairro onde estão.

Achar o terreno exigiu boas caminhadas. Tinha que ter um pátio aberto, uma boa vista (sem trocadilhos) e receber luz solar em todos os ambientes.

A Praça do Boa Vista é um show a parte. Uma grande área para tomar um chimarrão, apreciar o verde, jogar bola ou brincar com as crianças. Para o casal, é um grande diferencial. “Acordar pela manhã e ter este visual é maravilhoso”.
Um dos momentos especiais vividos ali foi um evento chamado “Viva a Praça”. A comunidade reunida, uma banda de jazz tocando e os dois apreciando tudo da varanda.

Um espaço verde ideal para viver em família. Esse é um grande diferencial do bairro

Quanto aos cuidados dos moradores com o bairro, eles contam que sempre foi muito eficiente. “Os moradores fazem mutirões, sempre se vê alguém recolhendo o lixo”, diz Margit. As pessoas se apropriaram da missão de cuidar do seu lugar, pois o serviço público não era rotineiro.

As coisas começaram a tomar outra forma recentemente, explica Cacio. “A prefeita Fátima se preocupa em tornar a cidade um centro de convivência. Por isso os espaços públicos estão recebendo um olhar mais carinhoso”.

Como sugeriu a pesquisa da Jorge Trenz, o bairro também se mostra um grande atrativo para negócios imobiliários. Sem “puxar para o seu assado”, Cacio e Margit afirmam que é o melhor lugar da cidade para se morar. Mas não é só opinião. Os negócios também demonstram isso.

Primavera: o sucesso de um empreendimento que leva o nome do bairro

Um dos mais tradicionais restaurantes da cidade e até da região, leva o nome também do bairro que escolheu para nascer. O Restaurante Primavera, construído em 1947, está sob a batuta da família Basegio & Baggegio desde 1993. Com eles, o empreendimento cresceu e se transformou no negócio símbolo do bairro, atraindo clientes de todos os lados, que vêm de longe para experimentar o sabor do churrasco hamburguense.

O grupo Primavera é formado pela Churrascaria, Galeteria e Pizzaria

Quem contou um pouco desta história foi Norberto Baggegio, conhecido por todo mundo como Beto. O projeto “Empreendendo nos Bairros” foi até lá ouvir esta experiência de sucesso.

Casa assobradada
Jorge Trenz
A história de Beto começou cedo. Aos 12 anos, ajudava na roça, ainda no interior. Foi com esta idade que migrou para Porto Alegre para ajudar a cuidar de um primo. Nos finais de semana, trabalhava na churrascaria do tio, e aí começou toda sua experiência profissional. Aos 18 anos, deixou a churrascaria e partiu para Sapiranga, para mais uma experiência gastronômica, também da família.

Aliás, toda essa experiência é de sangue: os 11 tios de Beto tiveram churrascarias na região. A família veio de Nova Bréscia, e eles juram de pé junto que é de lá que saem os melhores churrasqueiros do país (e até do mundo).

Norberto Baggegio, que todo mundo conhece por Beto, é um dos sócios do Primavera

Com espírito empreendedor, a vontade de Beto sempre foi ter o próprio negócio. O primeiro foi a churrascaria Ferradura, em Bento Gonçalves. Lá, adquiriu a experiência administrativa que trouxe para Novo Hamburgo.

O bairro Primavera veio de um acaso. O restaurante já estava montado no local, mas a família viu potencial. Foi essa visão que proporcionou a criação de um negócio que só cresceu nestes 27 anos que a família está à frente do negócio.

O início não foi nada fácil. Beto, seu tio e também sócio e os 20 funcionários que trabalhavam no restaurante dormiam na parte de baixo do estabelecimento.

Atualmente, além do tio, o irmão de Beto também é sócio do negócio, e outros três irmãos trabalham ali. Além disso, as esposas de todos eles trabalham no restaurante. Ou seja: um negócio pra lá de familiar.

Beto conta que depois que compraram o restaurante sua admiração pelo bairro só aumentou, e então surgiu o sonho de ter uma casa ali. “Eu gostava muito dos matos que tinha em cada esquina. O sonho sempre foi morar aqui. Primeiro coloquei uma casa de madeira do lado do restaurante. Depois, consegui comprar um terreno e construir uma casa, tudo aqui no bairro. Meu irmão e meu tio também fizeram o mesmo”, explica Beto.

O sabor do Primavera atrai clientes de todas as regiões

A paixão pelo Primavera só cresceu ao longo dos anos. Mais do que o local do negócio, virou a paixão da família. “Eu sempre adorei este lugar. Gostei do lugar da churrascaria quando compramos e, percorrendo o bairro, sempre achei bonito. Olhava pro Liberato e pensava: minhas filhas vão estudar ali. Eu estava perto do meu comércio e de um bom lugar pra minhas filhas. Era o que eu precisava. Aqui eu me realizei”, explica.

Mesmo tendo seu negócio firmado e reconhecido no bairro, Beto ainda enxerga que novos negócios podem acontecer ali. “O restaurante fica do outro lado da BR 116, mas estamos praticamente no centro de Novo Hamburgo. É uma região muito bem localizada para quem quer investir, vale a pena com certeza. E existem planos para a construção de um túnel abaixo da BR e ainda o empreendimento do Zaffari que pode sair do papel. O bairro tem muito potencial de crescimento”, finalizou.

 

 

PONTO DE VISTA: Encontrando o imóvel ideal

Como consultor imobiliário, é muito comum receber pedidos de informações. Seja de alguém que está querendo comprar, vender ou mesmo de quem busca investimentos.

Por isso, resolvi abrir este espaço no meu blog: para esclarecer dúvidas a respeito do mercado imobiliário. Nosso primeiro tema é justamente sobre uma das perguntas que eu mais ouço: como encontrar o imóvel desejado?

Novo Hamburgo tem uma oferta de cerca de 20 mil imóveis para compra e venda. Alternativas não faltam, portanto. Mas é claro que nem eu, nem você, nem a visão de raio X do super-homem tem a capacidade de distinguir, entre todas, aquela que melhor se enquadra dentro dos parâmetros que lhe são importantes. É impossível visualizar tudo, muito menos visitar.

As imobiliárias e os colegas corretores, por sua vez, normalmente têm seu próprio estoque e a responsabilidade pela comercialização dos mesmos, fazendo com que priorizem as suas disponibilidades. E é aí que entra um novo perfil profissional: o de consultor imobiliário.

Conectar oferta e procura é só o início do processo. Sempre foi feito e hoje as ferramentas digitais facilitam o processo – que tornou-se programático. Mas morar, viver, trabalhar, isso é sensorial. A consultoria se diferencia nesse quesito. Não somos uma loja, onde se compra e vende, somente. Do nosso ponto de vista, precisamos atender aos sentidos, ao bolso, é claro, e muito além disso.

A metodologia empregada no sistema de atendimento implantado na Jorge Trenz consiste em primeiro entender as particularidades, as necessidades, os sonhos. Realizado o diagnóstico, entra em ação nossa rede de contatos, com o objetivo de selecionar, filtrar e combinar o briefing do comprador com as disponibilidades que melhor o atendam.

Há mais de vinte anos eu atuo no segmento imobiliário. Nestas duas décadas, sempre priorizei e valorizei a rede de relacionamentos, mesmo quando isso ainda não tinha tanta importância assim. Hoje, é um ativo magnífico, que me permite atuar na busca do produto que o cliente quer, utilizando a disponibilidade das carteiras de um grande número de parceiros, seja imobiliárias, construtoras ou corretores independentes.

A proposta da consultoria imobiliária é compreender, analisar, avaliar e ofertar uma seleção de oportunidades focadas nas expectativas do cliente. Isso obriga a um trabalho mais aprofundado em todas as etapas, um reconhecimento de terreno a partir de um olhar mais holístico, claro, para o lado do comprador, mas, também, do vendedor. Nosso negócio é construir as pontes e gerar satisfação, mais do que simplesmente fazer negócios.

Esse foi nosso primeiro Ponto de Vista, para poder esclarecer um pouco mais do que faz o consultor imobiliário, e mostrar como ele pode ajudar a resolver os problemas dos clientes nesse universo de possibilidades que é o mercado imobiliário.

Um nome bonito, um bairro encantador

O nome é poético. É, também, sugestivo: remete ao lúdico, ao verde, como parques inspiradores, sensações abertas, musicalidade, alegria, leveza. Um lugar calmo para quem escolheu viver longe do movimentado centro da cidade, mas ao mesmo tempo próximo de tudo que Novo Hamburgo tem a oferecer. Assim, hoje falamos do Jardim Mauá.

As ruas do Jardim Mauá são um encanto a parte. Uma das famílias que escolheu este recanto foi Marcelo e Luciana Cassel. Moradores do bairro desde 2005, buscavam algum lugar tranquilo para viver. O novo lar deveria ter um clima acolhedor, uma vizinhança próxima, a calma e a tranquilidade necessários para o descanso. O Jardim Mauá acabou se mostrando o lugar ideal.

Próximo ao hospital, escolas, supermercado e a maior área verde urbana da cidade, o Parcão, o bairro começou a surpreender Marcelo e Luciana.

“Eu gosto de caminhar, de correr, me surpreender com lugares interessantes. Este é um bairro tranquilo e com acesso a tudo. Fugimos do barulho do centro, mas não perdemos as comodidades do centro. Ganhamos em qualidade de vida, imensamente”, explica Marcelo.

Luciana e Marcelo Cassel escolheram o bairro e só tiveram boas surpresas

Aliás, no que se refere a qualidade de vida, o Jardim Mauá está entre os principais da cidade. “Aqui, reina o silêncio. Queríamos fugir do barulho do centro, do movimento intenso”, conta Luciana. O lugar ganhou mais encantamento ainda quando descobriram a feirinha do produtor rural, que acontece todo sábado por ali.

A praça próxima é uma ótima pedida para quem tem crianças. Um espaço para se brincar, divertir e conviver em comunidade. O casal criou os filhos brincando no espaço, mas conta que hoje a praça precisa de um pouco mais de atenção.

Além de ser um ótimo lugar para morar, o bairro também é um ponto certo para bons negócios imobiliários. Casas e construções antigas estão dando lugar a prédios novos e modernos.

Essa modernização se percebe nos passeios. Tanto as casas novas quanto os novos empreendimentos garantem ao bairro calçadas padronizadas, embelezando ainda mais o Mauá.

“Me atrevo a dizer que o Jardim Mauá é tão bom que ainda vem gente de outros bairros aqui, aproveitar a praça, que é realmente muito especial. As pessoas vêm, estacionam seus carros, largam o cachorro, tomam chimarrão, conversam, as crianças brincam. Não tem som alto, existe respeito”, conta o casal.

A qualidade de vida do bairro está muito ligada ao cuidado da própria vizinhança. A preservação do estilo de vida do Mauá é feito pelos moradores, que zelam com todo carinho pelo seu lugar.

Os belos canteiros centrais chamam a atenção

“A gente cuida, a vizinhança cuida. Não tem pichação, porque a gente não quer e não deixa. Apaga, se for preciso, mas os moradores não permitem que o bairro fique feio, descuidado”, explica Marcelo.

Para o casal, é justamente essa comunhão entre os vizinhos que faz a diferença. Ao invés de esperar as soluções do poder público, o bairro encontrou uma forma de transformar o lugar onde vivem num lugar melhor de uma maneira bem simples: união.

Sim, meu negócio é vender imóveis. Mas é muito mais que isso

Quem me acompanha aqui no blog ou na coluna “É Negócio”, na revista Expansão, as vezes fica com dúvida sobre o meu trabalho.

Tanto na rua quanto por mensagens, a pergunta é sempre a mesma: Jorge, tu trabalha na compra e venda de imóveis? E a minha resposta é sempre a mesma: Sim! Mas meu trabalho de consultor imobiliário vai muito além.

Nas minhas matérias, falo dos bairros, da cidade, de coisas boas que temos para mostrar. Quase nunca falo de negócios propriamente ditos.

Como consultor, sempre me propus a ir muito além da compra e venda. Sempre acreditei que meu papel era conhecer a cidade, falar de tantas coisas boas que temos por aqui e, claro, valorizar o nosso patrimônio. Não apenas o patrimônio dos meus clientes, mas o da nossa Novo Hamburgo.

Para isso, em 2016 realizei uma pesquisa, perguntando aos hamburguenses algumas coisas básicas, como onde morava, o que mais gostava no seu bairro, o que poderia melhorar e o que o faria se mudar.

Esta pesquisa me levou não só a aprofundar o conhecimento sobre os moradores, mas despertou uma vontade de ouvir cada vez mais e conhecer cada canto de Novo Hamburgo, a fim de me qualificar cada vez mais neste segmento tão exigente que é o da consultoria imobiliária.

Ajudar pessoas a comprar e vender imóveis é a melhor parte do que faço. Conhecer Novo Hamburgo, suas belezas e oferecer uma experiência completa aos meus clientes é a outra, que eu seguirei fazendo com muito entusiasmo e compartilhando com vocês nos meus textos.

Até a próxima!

De depósito de penicos da cidade a bairro de alto padrão

Apesar de levar o nome da estação das flores, os moradores mais antigos do Primavera não esquecem de um tempo bastante dramático: a região era conhecida por ser o aterro onde se descartavam os penicos da cidade.

Bairro Primavera: a sutileza do nome também é traduzida na beleza das suas ruas

Bairro Primavera: o nome se confunde à beleza das ruas. Apesar disso, o tempo passou. A história hoje provoca risadas, mas o bairro cresceu, evoluiu e se tornou um belo lugar para se morar e investir. Novos negócios são comuns no Primavera, e a qualidade de vida do bairro também é um atrativo. Não é à toa que recebeu um dos melhores condomínios fechados da cidade e está recebendo outro grande empreendimento, que se anuncia como o melhor MCMV da região metropolitana de Porto Alegre.

O “Projeto Bairros de Novo Hamburgo – Jogando a favor do seu patrimônio” foi conhecer mais desse bairro que tem atraído estes investimentos e ainda tem muito para crescer. Atualmente, apenas um terço da área do bairro está ocupada.

Ao contar a história do “depósito de penicos”, o integrante da diretoria da Associação de Moradores do Primavera, Evando Pedroso, lembra que foi com o esforço do povo trabalhador e de empresários, que cobraram uma atuação mais eficaz do poder público, que o bairro começou a se desenvolver.

Localizado do outro lado da BR 116, o bairro proporciona uma vista exuberante de Novo Hamburgo

A Associação, criada em 1997, surgiu com o intuito de reunir pessoas, moradores, empreendedores e simpatizantes do bairro. Gente que fazia do Primavera a sua vida, conta Evando, que atua na entidade desde 2013. A união e a luta dos moradores rendeu diversas melhorias ao bairro, explica. Inclui-se aí o alargamento da Rua Boa Saúde, com recursos do orçamento do Estado, na Consulta Popular Cidadã, com 5 mil votos pela obra. Mais uma atuação importante da entidade foi abraçar, no ano de 2015, a briga pela principal entrada da cidade, que é o viaduto Ayrton Senna.

Projeto ainda aguarda para começar

Um dos grandes investimentos que o bairro Primavera e, mais do que isso, toda Novo Hamburgo ainda poderá receber é o Boulevard Germânia, da Companhia Zaffari, que adquiriu 280 hectares para a construção de um bairro planejado.

Segundo o projeto, esse empreendimento poderá receber 25 mil novos habitantes de classes A/B, ter um shopping Bourbon com área de solo de mais ou menos 10 hectares. É um empreendimento muito ambicioso, mais do que o Alphavile, em Gravataí, afirma ele.

O pôr do sol é um dos atrativos para os moradores

“A comunidade acordou tarde demais para os problemas criados pela administração da época, que impediram o Boulevard Germânia de sair do papel”, explica Pedroso.

Evando explica ainda que as liberações vieram em 2015. “Mas aí a crise já se instalara e o investimento sumira. Mas esses ciclos voltam e o mercado de médio e alto padrão sempre encontra compradores. Novo Hamburgo é prova viva disso”.

Perdeu a última matéria? Você pode conferir aqui: http://blog.jorgetrenzimoveis.com.br/2018/08/02/mas-que-bossta-e-essa/

MAS QUE BOSSTA É ESSA?

A história da cerveja de nome intragável para alguns, mas que todo mundo adora! 

No corredor cultural de Hamburgo Velho, a casa histórica encanta nos detalhes

Há 42 anos em Novo Hamburgo, sendo 32 deles vividos no histórico Hamburgo Velho, o holandês Henk van Enck não escolheu o bairro a toa. Como conta sua esposa, Jaci van Enck, existe uma cultura entre os holandeses de valorizar o antigo. 

O casal está à frente de um negócio que tem uma das marcas com o nome mais inusitado que eu já vi: a Bossta Beer. Não só o nome é engraçado, mas a história toda. Dois amigos, um holandês e um hamburguense de origem alemã, cansados de tomar cervejas comerciais, resolveram fazer a sua própria cerveja. Henk e Werner começaram a fabricação na panela, gerando a desconfiança dos demais amigos, que diziam: isso vai ficar uma bosta!

​A gozação dos amigos agradou ao Henk, que definiu o nome Bosta Beer. Um familiar residente em São Paulo, para entrar na brincadeira, desenvolveu o rótulo e o holandês o que fez? Mandou imprimir 10 mil peças, que existem até hoje. Na hora de fazer o registro a marca não passou, nem preciso dizer o porquê. Aí a Jaci teve a ideia de botar um “S” a mais e pronto. Estava sacramentada a Bossta Beer.

​Brincando, brincando, a dupla foi se aperfeiçoando e a produção aumentando até o momento que começou a ficar maior do que o consumo dos dois. Como Henk gosta de estar cercado de gente sempre, conta a esposa, a família decidiu abrir as portas da sua casa para receber amigos e degustar o produto artesanal. Assim surgiu a confraria da Bossta, todas as quintas-feiras. Os amigos chamaram outros amigos, que chamaram outros amigos e a Bossta se espalhou. O público tomou gosto pelo nome divertido e o sabor único. 

Henk e Jaci van Enck: o casal que comanda a Bossta

​Em 2014 a cervejaria foi convidada a participar do Festival de Cervejas Artesanais, que acontece junto à Feira da Loucura por Sapatos. Seria a única cervejaria artesanal de Novo Hamburgo, mas como o registro oficial ainda não havia chegado, Henk preferiu não arriscar. Só que o universo estava conspirando a favor e uma semana antes da feira, o registro chegou. 

​A fama da Bossta se espalhou por todo Brasil quando a coluna de empreendedorismo do portal UOL publicou uma matéria contanto a história de “um holandês maluco que abriu a sua casa para servir a cerveja Bossta”. A família começou a receber ligações e pedidos de todo o país, mas não tinha produção para isso. Então, começaram a chegar visitantes também de todos os cantos.

Com cerca de 150 pessoas frequentando a confraria semanalmente e os vizinhos já reclamando da quantidade de carros na rua, o filho do casal, Gustavo van Enck, encontrou o espaço onde hoje é a Esquinna da Bossta, na Rua General Osório, no corredor cultural que é tombado provisoriamente como patrimônio histórico, em Hamburgo Velho, claro.

A família conta que a casa histórica onde está o bar é, também, um pedacinho de sua casa. Algumas das árvores mais velhas da cidade, com mais de 150 anos, também estão lá.

Chope gelado e música ao vivo são atrativos na Esquinna da Bossta

Para a filha do casal, Jéssica van Enck, o local também é importante: “Além da casa antiga, estar num bairro histórico faz a diferença. Esta rua é sensacional. Tudo tu encontra aqui. Tem coisas a fazer ainda, mas tu percebes melhoras, negócios abrindo. Tem muita gente comprando propriedades por aqui, a parte dos bares e restaurantes está movimentando muito as redondezas”, afirma Jéssica.

​Para Jaci, a tendência é que o bairro fique ainda melhor. “Quanto mais investimento e movimento, mais bonito vai ficar. Se fizéssemos todos uma calçada bonita, padronizada até lá em cima, valorizaria muito mais as casas, elas apareceriam muito mais”.

​“O ponto é que as pessoas quando vão sair tem que se perguntar: onde vamos? Para Hamburgo Velho. Se um lugar estiver lotado, tem outros. E assim vão circulando, conhecendo e todos ganham”, complementa Henk.