2018 metros quadrados e a vizinha da frente chama-se felicidade

Não é lá uma área muito grande, mas… É dos sonhos. De manhãzinha, a luz vai entrando sorrateira pelas janelas da cozinha, caminhando pelos cômodos devagar como uma senhora que abre as cortinas para desvendar o céu, o sol e as árvores que balançam seus galhos dando bom dia. Ali perto das sombras, ao final do tapete de grama verde e farta, protegido pelas folhas e pelos galhos fortes e tesos, o riacho corre fazendo das pedras instrumentos musicais. Ouve a música? Sente o cheirinho de café e pão fresco no ar? Banho tomado, cabelos perfumados, frutas frescas no cesto de palha sobre a mesa. Que beleza de vida. E não é ilusão, não. Este é apenas um lugar onde você pode levar a sua vida para morar. Ou passar um tempo. Os 2018 anos do mundo são uma oportunidade imperdível de 365 dias para viver a vida de verdade. No lugar que você quer, com quem você quiser e do jeito que você sonha. Feliz Ano Novo.

 

Qual é a sua praia?

Investir no litoral tem seus encantos e desencantos

Vem chegando o verão e quase todos nós voltamos nosso pensamento para a praia. Também pudera. É muito bom tirar umas férias na beira do mar, mudar de horários, de hábitos, se estirar na areia sob o sol, com a cabeça cheia apenas de vento. Mas muita gente me pergunta o seguinte: é negócio ter casa na praia? Lembro que na década de 70/80, quando o calçado estava em alta, os hamburguenses viam com bons olhos ter casa na praia. Até porque, naquele tempo, as mulheres não estavam tão envolvidas com o mercado de trabalho como agora e, logo após o Natal, saíam com os filhos para a praia para só retornar no início das aulas. Sem dúvida, ter uma casa no litoral era tudo de bom. Não é mais? Depende, pois tudo na vida tem dois lados. Um imóvel de veraneio é um bom negócio sim, desde que esteja de acordo com as características culturais e comportamentais do indivíduo ou grupo familiar. Por exemplo, para aquelas famílias à la italiana, como a do filme Casamento Grego em que avôs e avós, tios e tias, primos e primas, sobrinhos e sobrinhas, filhos e filhas, netos e netas, cachorros, papagaios, todos participam e gostam de estar sempre juntos o investimento vale. Não dá para reunir facilmente a turma toda num resort na Bahia. Quanto custaria só o transporte? Para as pessoas que não gostam de sair da rotina, desbravar o mundo, enfrentar aeroportos, traslados e todo tipo de surpresas que vêm agregadas ao “pacote de viagem” seguir para a velha e boa casa de praia também é mais jogo.

Há que se considerar, entretanto, que existem aborrecimentos: depredações feitas por vândalos, por frequentadores ou locatários; manutenção constante nos jardins e nos sistemas de elétrica e hidráulica, despesas mensais com IPTU e condomínio, além da conservação e limpeza permanente. Ou seja, tem que usar o imóvel para valer e, importantíssimo, escolher algo adequado ao seu perfil. Não gosta de cuidar do jardim? Opte por um apartamento. Não quer se aborrecer com manutenção tão cedo? Escolha um imóvel novo ou reformado. Por outro lado, há quem afirme fervorosamente que ter um imóvel na praia é um verdadeiro pesadelo. “Duas alegrias, uma quando se compra e outra quando se vende”, diria um cliente e amigo meu, que prefere viajar o Brasil e, de preferência, não repetir a mesma praia. É um ponto de vista e, novamente, fica evidente a importância de pensar bem e avaliar o que lhe traz mais compensação emocional e física. Para alguns, vale mais a pena pegar o dinheiro (referente ao valor do imóvel) e investir, pois com os rendimentos dá para viajar e se hospedar bem, além de não ter as preocupações que comentei. Essa conta fecha para uma família pequena, de casal sem filhos, ou com no máximo um filho. O principal nesta decisão é o seguinte: não faça negócios “emocionado”! Pare e pense. Faça contas e as confira repetidamente! E se a matemática fechar… faça bom proveito do seu imóvel na praia.

 

Concerto de Natal

Mais uma ação bacana de Novo Hamburgo que a comunidade deve prestigiar

Agende-se para um momento cultural de muita emoção e entrega pessoal. Dia 3 de dezembro, um domingo, o projeto Comunitário Movimento Coral Feevale, que integra mais de 170 cantores da comunidade e a Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo (OSNH) apresentarão um concerto com músicas alusivas ao Natal. É um evento já consolidado, que proporciona momentos de encanto e emoção. Portanto, não se demore para buscar seu ingresso, que é gratuito e serão distribuídos a partir do dia 27 de novembro, na bilheteria do Teatro Feevale, localizada na ERS-239, nº 2755, e na bilheteria do Bourbon Shopping NH. Serão disponibilizados até dois ingressos por pessoa.

COLABORE COM O BANCO DE ALIMENTOS!

Todos sabemos que muitos dos nossos concidadãos passam por dificuldades enormes e precisam da ajuda dos seus semelhantes até para se alimentar adequadamente. Por isso a organização está solicitando que seja doado 1kg de alimento por ingresso. É uma atitude humanitária, num momento em que nossos corações precisam dar e receber amor para que possam se fortalecer para a continuidade da jornada. Faça um bem pelo próximo e por si próprio. Assista o espetáculo e ajude o Banco de Alimentos. Se nos juntarmos nestas ações legais, tudo vai melhorando para todos. E a cidade vai ficar cada vez mais com a nossa cara. Afinal, somos todos Novo Hamburgo.

 

 

Bate papo com o Dr. Jefferson Escobar, médico psiquiatra, sobre o tema “Como os millenials podem impactar o mercado de imóveis nos próximos anos”

 Dr. Jefferson Escobar – Psiquiatra

“MEUS PAIS ME DEIXARAM UM MAUSOLÉU”

Comprar, vender, trocar de casa ou apartamento continuará fazendo parte da vida das pessoas. Mas como será a relação das novas gerações com este investimento que é necessidade e reserva patrimonial ao mesmo tempo? Se tudo está se metamorfoseando, certamente os negócios imobiliários também sofrerão mudanças, visto que já são outros os cenários, os contextos, as percepções e o modo de vida da população. Estamos no meio do caminho na transição entre os antigos e os futuros proprietários do mundo e, do ponto em que nos encontramos podemos, no máximo, fazer algumas projeções a partir dos perfis comportamentais, por exemplo. O que não é pouca coisa. Tampouco é simples. Por isso, procurei o Dr. Jefferson Escobar, psiquiatra com longa trajetória profissional em Novo Hamburgo, para um bate-papo sobre o assunto. A seguir, alguns norteadores.

É possível imaginar o futuro da relação das pessoas com os imóveis a partir de uma perspectiva psicossocial?

Nós vivemos num mundo em que o aparentar ter significa muito. Demonstrar que tens condições de morar no endereço tal preenche muitas pessoas de uma maneira bastante significativa e elas acabam apresentando aquilo como um cartão de visitas da sua história. Não de quem são, mas daquilo que elas têm. Isto vem se reforçando junto às novas gerações. O prazer imediato é muito disseminado, e fica mais claro ainda quando se observa o abuso de drogas, o físico muito valorizado, a anorexia nervosa, a vigorexia se espalhando, um abuso de hormônios esteroides. São sinais bastante preocupantes. Muitas pessoas consideram que vale mais a casca do que a essência.

Casarões e apartamentos grandiosos ainda serão sonho de consumo?

É difícil afirmar algo neste sentido, mas esta é uma realidade bem brasileira e bem hamburguense também. Ainda que não necessitem de uma casa com dez dormitórios, as pessoas acabam utilizando isso como uma coisa narcísica, de mostrar para o outro que está em condições de manter aquela estrutura palaciana. Na nossa região a gente percebe muito isso. Guardadas as proporções, é mais difícil o mercado imobiliário daqui absorver um apartamento de 30,00 m² do que um de 200,00 m², não é? Em São Paulo, em Paris e em outras grandes cidades do mundo já é inviável. O investimento por metro quadrado nestas metrópoles é muito alto, mas não é o único fator determinante. Tem a questão da autoafirmação. Em São Paulo, tenho um casal de amigos que reside num apartamento de 40,00 m², 1 dormitório, mais uma sala extremamente confortável, com toda tecnologia que tu possas imaginar, uma cozinha gourmet com alta tecnologia… Vivem felizes assim.

A cultura germânica hamburguense influencia o modo de vida? Ter um imóvel, pra eles, sempre foi importante…

Ter um imóvel, acredito, continuará sendo importante não apenas para os descendentes de alemães. As pessoas precisam morar. Mas precisam viver conforme suas condições. Eu fui herdeiro de um mausoléu. A casa que os meus pais me deixaram de herança era muito maior do que a minha família necessitava e que podia administrar. Acabamos nos mudando, após uma pesquisa em várias regiões da cidade, para um prédio antigo, mais com a nossa cara. Não tenho a necessidade de mostrar, temos outras prioridades na nossa vida familiar. Claro, cada um obedecendo aos seus critérios, seus desejos, suas convicções. O que me referi antes foi em relação a necessidade de mostrar o que se tem para ser alguém. E a vida não pode ser assim.

Olhando para a geração dos teus pais, a dos adultos de hoje e a dos millenials, quais as diferenças?

Nós saímos de uma sociedade patriarcal, onde o pai era o provedor da casa, a mãe não tinha muita voz ativa, não tinha um papel econômico significativo. A geração dos baby boomers, que vai da segunda guerra até 1964. Depois vem a geração X, onde estes pais começam a perder seu emprego, geralmente em grandes corporações e passam a ter uma condição financeira menos favorável. Há um aumento do consumo e as mulheres precisam sair para trabalhar e, assim, ajudar a manter a família e aquela estrutura social proposta. A mulher começa a ser muito mais independente. Vem o advento da pílula anticoncepcional e ela passa a definir se quer ou não quer ter filhos.

O homem e a mulher passam a dividir o papel financeiro…

Exatamente. A família passa a se dividir entre quem provinha e quem não provinha, cabendo ao homem, ainda, um papel um pouco maior, mas com a mulher já tendo uma grande participação nesta nova estrutura. O mundo passa por transformações e o eixo de consumo muda. Esse casal que cuidava dos filhos passa a responsabilidade para outros cuidadores. E ao mesmo tempo desvaloriza esses cuidadores. A escola, que deveria ter um papel importante fica aprisionada. Cria-se uma consciência de que “se eu não consigo dar limites aos meus filhos, então a escola também não pode ter esse poder”.

Explique um pouco melhor Dr Jefferson.

Passamos de uma sociedade patriarcal para uma sociedade fraternal. O pai não olha mais para o filho de cima para baixo, com superioridade. Ele praticamente iguala os dois e isso é temerário, assustador inclusive para os pais. A criança e o adolescente precisam de limites, precisam do abraço, da orientação de quais caminhos podem seguir ou não, e isso a gente perdeu muito. Aí vem a culpa, que está na base da sociedade judaico-cristã. Os pais saem de casa, vão pro mundo resolver suas vidas e acham que abandonaram os filhos. Tentam, então, suprir esta ausência com presentes, jogos eletrônicos, panaceias, ao invés do carinho, do afeto e da educação. Não trabalham mais com a qualidade das relações, mas a quantidade dos bens. Estas mudanças sutis fizeram uma alteração enorme na sociedade e daí surge o errôneo pensamento do tipo: “- Bem, eu me separei da tua mãe, então, vou te dar um apartamento.

Sendo direto e reto: o “ter” ficou muito fácil e o “ser” se perdeu por aí?

Não simplificaria tanto, mas há muita verdade aí. Nossos jovens não têm mais desejo. Antes de desejarem alguma coisa, aquilo já acontece. As gerações X, Y e Z das classes B, C pra cima, digamos assim, foram extremamente protegidas. A Y vai começar a consumir o mercado imobiliário agora. Eles preferem ficar cada um no seu casulo, jogando online com os mesmos amigos que poderiam estar lá com eles, ao vivo, trocando experiências. As relações são todas muito virtuais. Dá-se uma nota pelo Uber, uma nota pelo restaurante… Se a pessoa está irada pode dar uma nota baixa e comprometer o outro, então, as relações estão fragmentada. Frente a frente, olho no olho, você pode dizer algo que o outro não gosta, mas pela expressão, pela leitura corporal é possível compreender que “Opa!, pisei na bola”. Essas gerações não têm isso. A Y é uma intermediária, a Z não tem quase nada disso e a Alfa muito menos.

O que deveria ser levado em conta na escolha de um imóvel, na sua opinião?

Mais do que tudo se autoconhecer. E a partir disso, poder se perguntar: eu preciso de uma sala de 40m2 ou de uma sala com uma boa iluminação, com recursos tecnológicos, onde eu possa ver meus filmes, minhas séries, ler meus livros, receber um grupo de amigos? Cada um tem que entender o que é relevante para si. Ter um carrão de luxo ou viajar, fazer um curso de línguas?

Pra encerrar, por que o senhor gosta de viver Novo Hamburgo?

Gosto de morar em NH, porque é uma cidade grande com opções de lazer e perto de cidades interessantes, além de me proporcionar fácil acesso a diversos locais. Além disso, acho uma cidade bonita, que me acolheu profissionalmente. Ainda temos qualidade de vida!

Coisas boas de Novo Hamburgo: Hamburgerberg Fest, no bairro Hamburgo Velho

Precisamos celebrar o que temos de especial, de bonito, de bom na nossa cidade 

A Hamburgerberg Fest é daqueles momentos  especiais na vida de uma comunidade. A festa faz um resgate singelo da nossa história, no bairro onde os imigrantes alemães formaram o principal núcleo de colonização germânica em Novo Hamburgo: nosso espetacular e querido Hamburgo Velho, que foi batizado de Hamburger Berg, ou Morro dos Hamburgueses. Era ali que acontecia a vida social dos colonos naquela época.

A Hamburgerberg Fest é iniciativa de um grupo de pessoas que vêm se esmerando e trabalhando no sentido de valorizar o bairro Hamburgo Velho, suas belezas, suas vozes e seu futuro. O grupo existe há anos e é um exemplo que poderia ser reproduzido em outros bairros, que também têm suas vocações e podem, cada um, tornar-se núcleo de iniciativas transformadoras, social e economicamente. 

Dia 25 e 26 de novembro, agende-se para a Hamburgerberg Fest. Com a família ou com os amigos, vale a pena curtir a festa, as comidas, as bebidas, o visual e a alegria da galera. E, quem sabe, se inspirar para valorizar outras características nossas. Afinal, somos todos Novo Hamburgo e se queremos uma cidade melhor para nós, temos que seguir os passos dos colonizadores e fazer o que precisa ser feito. Boa festa. Nos encontramos lá.

Novo Hamburgo – a cidade que se quer e a cidade que se tem

Os dois lados da moeda pesam no desenvolvimento social e econômico

 

É verdade que nossas alternativas de moradia nem sempre dependem única e exclusivamente do querer ou do poder. O trabalho, o estudo ou um amor pode nos levar para lá ou para cá. Nos manter em Novo Hamburgo ou nos endereçar a qualquer outro lugar. Mas a partir daí, nos apossamos de um espaço, passamos a fazer parte de uma comunidade e nos envolvemos com os benefícios e as deficiências do local. Existe, entretanto, uma premissa fundamental neste contexto: as cidades são formadas por pessoas e, dependendo do que este conjunto social almeja para o seu futuro é que se erguem escolas ou pontos de tráfico, hospitais ou bolsões de miséria, parques ou lixões a céu aberto, pra ficar em exemplos bem básicos. E você pode dizer, simplista. Mas é assim que é. O progresso não acontece, ele precisa ser construído. Isto é fato.

Novo Hamburgo e o Vale dos Sinos foram colonizados por imigrantes europeus que afetaram positivamente a história e o modo de vida da região. Os habitantes da região, nativos ou não, compactuam de um projeto existêncial com bases na dignidade, educação, saúde, segurança, enfim, estão cientes sobre quais pilares querem construir seus sonhos. Esta consciência coletiva gera as pré-condições para um círculo virtuoso que estimula o crescimento e o desenvolvimento social e econômico.

NOVO HAMBURGO NO ESPELHO

Como profissional do ramo imobiliário, senti uma necessidade profunda de ampliar minha visão sobre Novo Hamburgo quando percebi que a recessão em que havíamos mais uma vez nos metido, não seria debelada tão facilmente. Os negócios do setor foram afetados seriamente e eu precisava entender o mercado a partir daí. Óbvio que as coisas não seriam mais como eram, ao menos temporariamente. Foi em 2016 que resolvi ir a campo para averiguar “in loco” como a população de alguns dos principais bairros de Novo Hamburgo estavam percebendo o lugar onde viviam, saber o que estavam planejando seus moradores e o que esperavam da administração municipal – que estava prestes a ser continuada ou descontinuada pela eleição que se avizinhava. Confesso que foi uma grande satisfação realizar esta pesquisa, que me consumiu horas e horas e deu um trabalhão para compilar e interpretar. Afinal, não sou um estudioso de mercado, nem pretendia dar ares científicos à tarefa. Sou, tão somente, um consultor que trabalha com compra, venda e intermediação de imóveis, mas que necessita ter domínio e total clareza sobre os cenários que definem os rumos do segmento. Surpresas e mais surpresas brotaram dessa imersão.

A MAIORIA DAS PESSOAS GOSTA DO BAIRRO ONDE MORA

 

Este foi um dado que chamou muita atenção: dos 20 bairros trabalhados, na média, 50% das pessoas consultadas gostam de onde moram. Em muitos locais a régua sobe a 60% e até 70%. Nestes casos, se mudassem de endereço seria para um imóvel melhor, mais confortável, melhor localizado dentro do bairro, mas a preferência seria manter-se nas imediações, próximo a outros familiares, vizinhos e amigos. Se existe a possibilidade de um grande salto de qualidade de vida, aí, obviamente, os bairros mais nobres e próximos ao centro da cidade sobem na preferência dos entrevistados.

SEGURANÇA É UMA PREOCUPAÇÃO QUE APARECE EM TODA A CIDADE

 

Isto não chega a ser novidade, não é mesmo? Nem, tampouco é uma particularidade de Novo Hamburgo. Existem bairros onde a preocupação com a segurança é maior, ou altíssima, beirando os 80% de citações. Em outros, nem tanto, mas ela aparece em todos, quase sempre como uma das áreas mais relevantes. Na entrevista que fiz com o General Roberto Jungthon, Secretário de Segurança de Novo Hamburgo, publicada na edição de maio da Revista Expansão, ele afirmou que estão trabalhando sobre três eixos: governança e gestão, integração e parcerias e tecnologia e inovação. Ou seja, a população tem suas preocupações, mas a administração do município também as tem e está buscando as formas mais eficazes de trazer de volta a paz que todos nós sonhamos. Estamos na torcida.

LIMPEZA, URBANIZAÇÃO ÁREAS DE LAZER. FAZ PARTE DA CIVILIDADE 

 

Novo Hamburgo deseja para si um padrão de vida de primeiro mundo. Ou o mais próximo possível disso. Já experimentamos situação semelhante em outros tempos e a população compreende que isto é o melhor para todos. Com saúde, educação, segurança vem o resto. Ganha o indivíduo, valoriza-se a cidade e tudo que a compõe: começando pelos imóveis. Aliás, cabe salientar, o segmento imobiliário, logo atrás do automobilístico, sinaliza a saída de um país da crise. Devagarinho, estes dois segmentos começam a dar sinais de reativação. E a boa nova para os cidadãos de Novo Hamburgo foi a recente conquista dos recursos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento que, de acordo com a nossa Secretária de Desenvolvimento Urbano, Roberta Gomes de Oliveira, possibilitará investimentos que farão a população resgatar o amor pela cidade. O Parcão já foi entregue e é um sucesso. Que possamos, realmente, nos sentir em casa na nossa bela Novo Hamburgo.

 

Heróis ou burocratas?

Quando se arriscam para salvar vidas, aplausos. Quando tentam prevenir o infortúnio ficam sob fogo cruzado

Cresci passando em frente à torre que existe até hoje na Guarnição do Corpo de Bombeiros. Como haviam poucos edifícios em Novo Hamburgo naquela época, a altura me impressionava. A imponência do prédio tinha, obviamente, uma explicação. Com vista de 360º possibilitava visualizar a cidade e identificar possíveis incêndios. Eu ficava imaginando a destreza dos soldados deslizando na coluna de metal quando acionados para atender um sinistro. E admirava, como todo mundo, aqueles verdadeiros heróis. Neste papel, continuam sendo sempre heróis. Mas esta imagem tem sido ofuscada, principalmente no mercado da construção civil, desde que a prevenção passou a ser, cada vez mais, uma exigência do mundo moderno. Muitos colegas, empresários, engenheiros, arquitetos e gente como a gente reclamam de dificuldades e entraves impostos pelos Bombeiros quando o que mais precisam é de agilidade. Da necessidade do Alvará para instalar uma empresa, a entrega de uma obra ou início de um novo negócio, todos têm uma história para contar da peregrinação para conseguir atender às exigências, fazendo o contribuinte gastar mais e ver seu cronograma comprometido. Será?

Fui ouvir o lado deles. O Capitão Sório que é o Comandante da Segunda Cia do 2º Batalhão de Bombeiros Militar diz que não é bem assim e afirma:

“SE DISSEREM QUE UM PROJETO ESTÁ HÁ MAIS DE 2 MESES AQUI, BUSQUE SABER MAIS. PARADO AQUI, NÃO!”  

No meio imobiliário, as queixas com os Bombeiros são muitas. Por quê?

Houve um tempo em que, realmente, era deficitário o atendimento de muitas demandas do setor imobiliário. Burocracia, sistemas ultrapassados de gestão, falta de apoio, muitas coisas ajudavam a tirar agilidade dos processos. Somos os responsáveis e assinamos os projetos de 5 municípios: Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha, Ivoti e Dois Irmãos. Nós tínhamos prazos muito ruins em função de tudo isso. Seis, sete, oito meses… Atualmente, conseguimos, com efetivo menor e maior organização, obedecer aos prazos legais. São 30 dias para análise e 30 para inspeção.

Existem prioridades para os Bombeiros?

Antes tudo era prioridade. A lei KISS (14.376) ajudou a mudar este quadro, pois estabelece que não cabe uma escola ficar esperando para iniciar um ano letivo, um hospital ou UTI ficar parado com as pessoas doentes precisando… Esses casos têm prioridade, mas são pontuais. Não tem hospital sendo feito todo dia. Portanto, a fila tem que andar e, para cumprir nossas metas, mudamos a forma de fazer. Hoje, a análise de casos menos complexos são enviadas para as corporações das cidades menores que estão sob nosso comando. Os colegas fazem este trabalho e agilizam os procedimentos pra gente. Os casos mais complexos são feitos e analisados aqui.

O que é mais complexo?

Prédios multifamiliares, estabelecimentos comerciais, indústrias. Um depósito de pedras, com certeza, não tem a mesma exigência que uma boate. O PPCI depende muito do tipo de ocupação para ser liberado e obedece duas fases que vão determinar a emissão do Alvará. A primeira fase é cartorial: o engenheiro traz a planta, todo o projeto elétrico, equipamentos de prevenção que serão instalados e todos os documentos atinentes àquele prédio. Fazemos a análise de tudo isso para assegurar o cumprimento das exigências e, então, emite-se – ou não – o certificado de conformidade. A segunda fase inicia-se depois que prefeitura fez a vistoria de sua responsabilidade e quando  somos informados de que tudo o que estava na planta foi cumprido e está realizado. Aí vamos inspecionar e confirmar as condições das saídas, distâncias a serem percorridas, extintores, escadas, corrimões, todos os sistemas de segurança. É importante destacar que este pedido de inspeção é formal, a gente precisa receber esta solicitação, não podemos adivinhar. A partir daí é emitido o Alvará. Não tem mistério, é só fazer a coisa certa.

O que mudou?

Uma grande indústria entrava na fila junto com a barbearia do Zé. Claro que a análise da barbearia é menos complexa, mas era o sistema de funcionamento, com processos e mais processos para análise documental. Em novembro de 2016 implantamos a liberação online para empreendimentos de baixo risco. Agora, entraram também os de risco médio, estabelecimentos com metragem de até 750 metros que não apresentam perigo muito grande. Passamos a ter condições de dar mais atenção àqueles projetos onde há risco maior para a população. Isto nos deu um fôlego para fiscalizar o que realmente é importante, complexo.

NOSSO MAIOR BEM É O EFETIVO, PODEM  ACREDITAR

Onde estão os gargalos, então?

Certamente, não mais aqui. Tem muito responsável técnico que não tem a qualificação necessária. Inclui nos projetos itens que para nós não são necessários ou que trabalha com especificações erradas. O Corpo de Bombeiros ratifica: colocar os degraus conforme ART tal. Aí ele vai lá e faz errado de novo. Estou dando um exemplo. Isso acontece muito. Outras vezes, o interessado atrasa ou o processo está trancado na empresa de prevenção e alegam que está parado no Corpo de Bombeiros. Não, não está. Hoje você pode ligar para cá ou até mesmo vir aqui e comprovar. Pode descobrir, por exemplo, que uma notificação foi enviada para correção no mês de janeiro e, passados 60 dias ou mais, não houve retorno. A culpa é de quem?

O processo pode ser acompanhado pelo interessado, então?

Quando você protocola seu projeto junto ao Corpo de Bombeiros recebe uma chave de acesso e pode acompanhar online o andamento do seu processo. Uma dica: quando disserem que um projeto está há mais de 2 meses aqui, alguma coisa errada tem. Por que aqui não fica parado, isto eu afirmo categoricamente. Acontece, e é rotineiro, coisas como colocar um vaso ou um cadeado na saída de emergência. O responsável é notificado para desobstruir a saída, porque construiu em desacordo com aquilo que, na primeira fase, foi autorizado. Mas resolveu construir totalmente diferente. Aí não tem como aprovar.

Me explica a taxa de incêndio e nossos caminhões abandonados na rua

A taxa de incêndio, que se não estou enganado é 2% do IPTU, nós estamos negociando um acerto com a prefeitura para que seja repassada ao menos uma parte, que ajudaria a resolver problemas graves.. A população acha que vem para os Bombeiros, mas não. Temos o Funrebon, que é um valor produzido pelas taxas das inspeções, alvarás… A taxa de incêndio, não. As dificuldades são tamanhas que eu tenho até uma parte interditada aqui no quartel. E, sim, nossos caminhões ficam no relento, há muito tempo, num terreno emprestado. Mas, apesar dos pesares, a população de Novo Hamburgo conta com uma tropa altamente qualificada. A maioria dos nossos soldados tem curso superior em educação física, enfermagem, direito, administração… Um soldado intelectualizado presta um serviço muito mais qualificado. Escreve uma notificação melhor, interpreta melhor a lei, sabe explicar melhor. Nosso maior bem é o efetivo, podem acreditar.

A insatisfação não condiz com a realidade, então?

As percepções custam a mudar. Quem enfrentou problemas antes desconhece a nova realidade. Por isso, agradeço a oportunidade de manifestar-me em nome da corporação. Também gostaria de dizer que sou daqui, minha família e meus amigos são daqui. Estou em casa, o que aumenta minha responsabilidade com o trabalho. Moro na cidade, convivo com as dificuldades e com o dia a dia do município e da região. Podem contar comigo e com nossa corporação.

 

MICHAEL SCHUMACHER E A ESTRADA DA VIDA

A história do piloto que nos faz refletir sobre autoproteção e patrimônio imobiliário.

O próximo segundo é uma incógnita para todos nós. Por mais que tenhamos sonhos, que trabalhemos duro para alcançar nossos objetivos, o futuro a Deus pertence e ninguém sabe do amanhã, do que está nos aguardando após a próxima curva. O caso do supercampeão Michael Schumacher é emblemático. Com seu talento e profissionalismo conquistou o topo na carreira, mas foi surpreendido pelo inesperado num momento de lazer, esquiando em Méribel, na França. Sete vezes campeão mundial de F1, o ex-piloto alemão teve um trauma grave ao bater a cabeça em uma pedra e, a partir daquele momento, não pode mais decidir nada sobre sua vida. Nada! Esta recordação triste acendeu uma luz amarela na minha cabeça. Por isso, busquei esclarecer alguns procedimentos legais de segurança com Flávio Fischer, advogado e tabelião – 1º Tabelionato de Notas e Protestos de Novo Hamburgo,  Tabelionato Fischer – reconhecido por mais de 40 anos de atividade profissional e intelectual, que gentilmente me recebeu para elucidar pontos da complexa relação entre vida e patrimônio.  

Todos corremos o risco de sofrer um acidente ou ser acometido por uma doença que nos impeça de dirigir a própria vida. O que acontece? 

Você fica à mercê, como Schumacher ficou. Alguém vai decidir no seu lugar. Mas certamente ele, que corria riscos na profissão, não ignorou possibilidades, se preveniu. Imagino isso, pois é o lógico num perfil como o dele. Alguém no seu lugar, entretanto, pode pensar diferente, achar que não vale a pena uma vida como a que ele está tendo, mesmo cercado dos melhores e mais evoluídos recursos. Esta pessoa pode deixar isto definido e ninguém muda. Só ela mesma. Pra isso, precisa estar no pleno domínio das suas faculdades mentais e dispor de R$ 78,66! 

Por que é tão pouco utilizado? Será que as pessoas imaginam que este tipo de proteção seja um processo complexo e dispendioso? 

A maioria das pessoas desconhece, portanto, não sabe que é simples e viável para qualquer um. Este procedimento chama-se DAV – Diretivas Antecipadas de Vontade – ou Testamento Vital, um termo do qual eu, particularmente, não gosto. São determinações para serem cumpridas em vida, caso a pessoa fique impossibilitada, mesmo que temporariamente, de manifestar a própria vontade, dar procuração, tomar alguma providência. Um sujeito que vive da renda de imóveis, por exemplo, que lida pessoalmente com os negócios, toma as decisões… Se tem um AVC, sofre um atropelamento e fica impedido, o que deve ser feito? Se ele não definiu, os familiares ou o administrador fazem o que acham que devem fazer. Ou, pior. O que quiserem fazer. 

Suponhamos que boa parte do meu patrimônio seja constituído por imóveis e acontece um infortúnio assim. O que o DAV me garante? 

Você é que se garante através do DAV, define o que deverá ser feito num caso desses, estabelece regras que o protegem, inclusive contra um possível mau uso da família. Imagine que a pessoa tenha um filho desajustado, um parente não confiável. Acontece e é muito comum. Já vi e vivenciei tanta coisa, que você não acreditaria. Filhos despejando pais idosos pra ficar com o aluguel da casa, marido querendo esconder descendentes fora do casamento. É a vida, é assim. Aí acontece um troço desses e fica-se à mercê deles? Interesses, tipos humanos, conflitos dissimulados… Há uma infinidade de coisas que a gente não considera, que nem passam pela nossa cabeça quando está tudo em ordem, mas acontecem. E nisso você pode perder tudo aquilo pelo que lutou, sonhou ou planejou para sua vida. Ou mais dramático, num momento de extrema fragilidade, pode não conseguir dispor do que é seu da forma como pretendia, nem mesmo para cuidar da sua saúde e bem estar. 

Fica designada uma pessoa para tomar as decisões? 

Uma pessoa ou mais. Aqueles que forem indicados vão assinar no seu nome, ser seu representante legal. O DAV dá a eles poderes de procuração, que podem ser revogados apenas pelo interessado e mais ninguém. Seguindo no exemplo em que estávamos: a pessoa fica fora do ar, fora da casinha. O plano médico e o SUS não cobrem as necessidades ou não garantem o mínimo para a subsistência nos padrões a que estava acostumada ou que agora se fazem imprescindíveis, como medicação, alimentação ou transporte especial. Mas ela tem imóveis, que não estava cogitando vender, só numa emergência e este é o caso. Quem decide e como? 

Que regras podem ser estabelecidas? 

Aquelas que o interessado julgar necessárias. As reservas podem ser alienadas, por exemplo, com limites ou não, para os cuidados com a saúde até que a situação normalize, se existir esta possibilidade. Ou pode-se estabelecer que o administrador venda os imóveis e faça um fundo para garantir a subsistência, mas não poderá sair queimando patrimônio. No caso que falei antes, do filho desajustado que fica com esta responsabilidade de administrar os bens. Se não houver limites, ele pode torrar um apartamento que vale 1 milhão por 700 mil. Procedimentos médicos também podem ser definidos. Se tenho uma questão de saúde grave, mas não quero passar por procedimentos invasivos ou ficar preso a uma máquina. Caso isto não esteja estipulado, o médico vai seguir as diretrizes do Conselho de Medicina e só. 

Como fica a situação de quem deixou a DAV e, algum tempo, depois vem a falecer?

 Ocorrendo o óbito, passa a valer o testamento convencional, caso ele exista. É outro documento importante, principalmente para quem tem bens, imóveis ou não. E cabe repetir: a DAV são determinações para ser cumpridas em vida. Devemos ter em mente, também, que a DAV não permite a eutanásia, que é a morte antecipada. Apenas garante que ela ocorra de modo natural ou permite o seu retardamento, conforme a vontade da pessoa.  

Para concluir, quais as principais diferenças entre um testamento e a DAV? 

No testamento a pessoa deixa consignada a sua vontade, respeitadas algumas limitações legais, sobre a forma como deseja que seu patrimônio seja dividido após sua morte. Já a DAV tem como objetivo principal a preservação da dignidade da pessoa e do seu corpo, através da nomeação de um representante que vai decidir aquilo que diz respeito ao tratamento médico, à saúde e à vida, enquanto ela persistir. Embora para muitos estes sejam assuntos dos quais é desconfortável falar, sua importância é enorme. 

 

 

HAMBURGO VELHO É UM ESPETÁCULO! LITERALMENTE

Fui assistir ao recital de piano de Fabio Luz (Brasil/Itália) na Fundação Ernesto Frederico Scheffel, nesta terça-feira (10/10).  Emocionante é o mínimo que posso dizer sobre o recital com uma participação especial da mezzo-soprano Angela Diel. Mas e o que dizer do casarão em estilo neoclássico onde funciona a Fundação Scheffel, e que serviu à comunidade de diferentes formas? Foi residência, escola, local de eventos culturais, casa comercial e até hospital. Fiquei comovido só de olhar a edificação, construída no ano de 1890, por Adão Adolfo Schmitt. De repente, envolvido naquele clima de romantismo cultural, me peguei absorto viajando no tempo, e passeando mentalmente pelo bairro histórico que deu origem à cidade e ainda conserva razoável parte de seu patrimônio relativo à imigração alemã. Revi o Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser, construído em técnica enxaimel e tombado pelo patrimônio histórico; a Igreja Evangélica Luterana dos Reis Magos e a Igreja Nossa Senhora da Piedade, ambas restauradas e contando com belíssimos vitrais. Os dois cemitérios, o Luterano e o Católico, com diversas lápides executadas por volta 1890, e esculpidas com detalhes góticos e com epitáfios em alemão. Que espetáculo é este bairro Hamburgo Velho, pensei com meus botões. Há várias outras casas em estilo eclético, com características da imigração alemã, com frontão recortado e telhado com inclinação acentuada. Ruelas que nos levam de volta no tempo e prédios que nos colocam de volta ao mundo de hoje. O bairro abriga o Hospital Regina, o Campus I da Universidade Feevale, o Techpark, o hotel Swan Tower, lojas sofisticadas e modernos espigões. Morar em Hamburgo Velho é um privilégio, sob vários aspectos.

Prefeita Fátima Daudt recebeu representantes da Associação de Amigos de Hamburgo Velho

Mais do que um local de visitação e de forte apelo turístico, o bairro histórico de Hamburgo Velho pode se tornar um polo de benefício para toda a cidade de Novo Hamburgo a partir da geração de empregos, incentivo a novos empreendimentos e fortalecimento dos já existentes. A Associação Amigos de Hamburgo Velho (AME) foi recebido no final de abril pela prefeita Fátima Daudt, no Centro Administrativo Leopoldo Petry. O grupo apresentou propostas que unem poder público e comunidade na busca por transformar o bairro histórico em um polo de geração de renda e incentivo cultural e econômico.

Sob medida ou planejado: com que mobiliário eu vou?

     

CADA UM NO SEU QUADRADO

Estilo, planos futuros, modo de vida, capacidade financeira entre tantos outros aspectos, definem o nosso morar. Afinal, nem todo mundo pode viver num palácio ou numa cobertura cinematográfica. Além do mais, dá pra reproduzir algumas destas sensações com o auxílio de bons profissionais e das boas ideias disponíveis no mercado, mesmo em ambientes bem mais comedidos. Conforto, tecnologia e design estão hoje muito mais acessíveis e ajudam a tornar lares, escritórios e empresas em locais amigáveis e prazerosos de viver e conviver. Neste contexto, uma parte fundamental é o mobiliário, que transforma 4 paredes em “Lar Doce Lar”.

Vilson Rorato, da Visani Móveis e a arquiteta Jaque Zapelini, da Idelli, me guiaram numa visita ao universo dos móveis sob medida e planejados. Qual é mais negócio pra você? No final, você decide.

 

Jorge Trenz – Por que escolher o móvel Planejado ou o Sob medida?

Jaque Zapelini

– No planejado você tem a praticidade, modernidade, as últimas tendências internacionais de texturas, acabamentos. Há muitas razões, mas esta escolha, na verdade, é uma decisão individual, em que o cliente considera aspectos econômicos, subjetivos, influências, projeções! É uma compra para durar alguns bons anos, então, a pessoa e o seu profissional arquiteto ou decorador vão definir, primeiramente, por um estilo. Aí começa a se determinar também se é um ou outro. Ou a composição dos dois. Porque ambos têm suas qualidades.

Vilson Rorato

– No sob medida o cliente faz do jeito que ele quer. Não tem limitações. Tenho uma cartela com 200 possibilidades de cores e acabamentos. Acrescente um design de qualidade, de bom gosto e a vida muda. É impressionante a capacidade de transformação que o mobiliário tem sobre os ambientes do nosso dia a dia. Então, pra isso, tem que ser do jeito que você quer. Do seu jeito. O sob medida tem essa diferença.

Jorge Trenz – O que difere o consumidor das duas propostas?

Vilson Rorato

– O investimento no sob medida é maior, com certeza. Claro, estamos falando de exclusividade. É uma coisa que, praticamente, só você tem. Ao menos daquele jeito, naquele tom, com aquela curvatura. O cliente normalmente trabalha com um arquiteto, que traz ideias e propostas diferenciadas. Só a marcenaria pode acompanhar isso. Mas sempre há maneiras de atender a necessidade do cliente, temos que conversar bastante e fazer o melhor projeto.

Jaque Zapelini

– Aqui na Idelli nós trabalhamos com painéis editáveis, que eu faço do tamanho que eu quiser. Fica, para bem dizer, um móvel sob medida com tecnologia. A gente quer proporcionar satisfação, alegria de viver num ambiente confortável, contemporâneo, onde a praticidade se alie à estética. Aposto neste tipo de personalidade de clientes.

Jorge Trenz – Um é mais negócio que o outro?

Jaque Zapelini

– O planejado é mais competitivo. Dependendo do ambiente a diferença é substancial. E são padronagens modernas, criadas a partir de pesquisas internacionais. Além disso, há a possibilidade de remodular ou mudar partes sem ter que mexer num conjunto maior. Acho essa mobilidade importante. As vezes você muda alguns elementos e muda tudo. O sob medida tem um apelo mais pessoalizado, mais exclusivo. Depende muito do que a pessoa espera do tipo de mobiliário que ela está escolhendo.

Vilson Rorato

– O planejado sempre tem uma margem maior de negociação, pelos volumes com que trabalha, pelo que bota em cima no fator marca, por exemplo. Mas cada pessoa é um universo e constrói seu habitat a partir da sua personalidade, da sua vivência, dos seus traços… Cada cliente meu é uma história e a gente acaba entrando na intimidade dele. Ele nos entrega não só o sonho, mas a chave da casa. Isso é um negócio muito sério, que envolve muita confiança da parte dele e da minha, incluindo meus colaboradores. A nossa conexão é direta: cliente, designer, produção, tudo tem que se integrar, um tem que compreender o outro pra que, no final, o cliente fique feliz com aquilo que definiu, adquiriu. Fica a marca do cliente no móvel dele.

Jorge Trenz – Dá pra evitar o stress na hora de mobiliar e decorar?

Jaque Zapelini

– Quem não teve ou não conhece alguém que se estressou, hein? Acontece nos dois lados, sempre há espaço para alguma inconformidade, é normal, principalmente quando a obra é grande, envolve profissionais diferentes… Encanador, eletricista, móveis, decoração. O importante é estar bem assessorado, conversar bastante e supervisionar tudo. Do lado de cá da mesa a gente também enfrenta coisas que, olha!!!…. Mas no final tudo dá certo. Senão, como diz a sabedoria popular, ainda não terminou.

Vilson Rorato

– O determinante na hora de escolher é conhecer bem o fornecedor, seja ele sob medida ou planejado, desde o tipo de atendimento até a entrega e a assistência no pós-venda. Não há como garantir que tudo vá acontecer exatamente como o previsto, isto não existe. Faz-se todo o esforço, nos dedicamos intensamente, mas uma parede com um desnível já vai exigir uma intervenção que não estava nos planos. Existem variáveis, como em todo negócio.

Jorge Trenz – Estou comprando um apartamento de 1 milhão ou de 400 mil. Dá pra projetar o investimento hipotético no mobiliário e decoração?

Vilson Rorato

– O móvel sob medida te dá um leque de opções, tanto para um imóvel de valor médio como um de alto padrão. Você pode valorizar os móveis com um acabamento sofisticado, muita iluminação, espelhos e robustez, ou simplificá-los, sem perda de qualidade. Ou seja, não precisa ser 8 ou 80.

Jaque Zapelini

– Normalmente, o cálculo para o investimento na mobília de fixos de um apartamento ou casa pode variar de 10 a15% do valor do imóvel. Isto depende muito dos acabamentos solicitadas pelo cliente. Melamina, por exemplo, tem um custo menor que laca e vidro. Se tiver portas de melamina, que é um revestimento usado sobre o MDF ou MDP, o investimento será bem menor do que portas em laca, um acabamento para móveis de madeira sobre o qual se aplicam várias camadas de uma pintura especial.

Jorge Trenz – Como você percebe o mercado imobiliário do Vale do Sinos? Isto influencia diretamente o negócio de vocês, certo?

Jaque Zapelini – Com certeza, mas precisamos olhar para frente, para um futuro melhor, ser otimistas e aproveitar este período para alinhar a empresa. Analisar custos, analisar estrutura e melhorar o que for possível. Crises sempre existirão, mas quem tem qualidade permanece vivo e com dedicação e um bom trabalho se abrem novos mercados. Trabalhar com empenho, comprometimento e confiabilidade é nossa missão.

Vilson Rorato – É evidente que um mercado aquecido favorece todos os setores, inclusive o nosso. Vejo que este mercado pode demorar um pouco mais a aquecer em relação ao de serviços e indústria, que deverão vir primeiro, para aí existir a demanda. O incentivo do governo na construção civil vai gerar mais ofertas para quem? Hoje, precisamos gerar empregos, ter dinheiro no mercado para então ter o consumo de volta.

 

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