O empreendedor do Blog nesta semana é Luciano Bortoluzzi Reis, 25 anos, empresário que comanda o Elementum Temple. Luciano é jovem, mas rodado. Morou na Austrália, onde aperfeiçoou o inglês e ampliou sua visão de negócios. Antes, cursava engenharia civil. Quando voltou, seu mundo mudou.
Como surgiu a ideia da cervejaria?
Meu irmão é engenheiro químico e foi quem ideou a empresa. Minha família toda é empreendedora, então, meio natural isso de ele surfar numa onda de negócios que era inovadora no ambiente brasileiro alguns anos atrás, o das cervejas artesanais.
E como você entrou no negócio?
O Juliano havia feito o TCC dele sobre cervejas. Na época o desenvolvimento das artesanais estava muito no início ainda. Frequentei com ele alguns eventos e depois fui viajar. Em 2013 ele foi para a Austrália também e lá me fez a proposta para abrirmos juntos a cervejaria. Eu estava a fim de ficar por lá mais tempo, mas a proposta me seduziu e foi assim que tudo começou. No retorno, troquei meu curso e fui fazer administração, que me proporcionaria conhecimentos mais condizentes para tocar o negócio. Começamos a cervejaria em 2014.
A base de vocês é em Novo Hamburgo?
Sim. Meu sócio-irmão reside em Santa Catarina, pois já tinha negócios lá antes, mas a sede da Elementum é aqui. Ele coordena o marketing, produção e o RH e eu a diretoria comercial, a operação e o financeiro. Produzimos a cerveja na Imigração, com as receitas da Elementum, claro. Eles, mais do que fornecedores, são um parceiro nosso, desde o início da operação.
Hoje o mercado já é bastante competitivo, não?
Com certeza, mas nós começamos num período muito bom. Nosso grupo vem logo após os precursores e isso nos possibilitou fazer um bom trabalho de marca e obter o reconhecimento do público. Nosso primeiro cliente, aliás, foi o Pubis, onde hoje é nosso bar. Fomos ganhando espaço, estruturando a empresa, consolidando a logística e o armazenamento e, desta forma, conquistando nosso espaço.

Como é a distribuição da Elementum?
Nós já estamos nos principais mercados do país. Neste sentido, novamente contamos com o apoio da Imigração, que já detinha um know-how muito bom e uma visão ampliada do negócio lá atrás. Nos ajudaram muito e continuamos trocando ideias e informações de forma sistemática.
E o bar, surgiu como?
O Juliano é proprietário de um Hostel em Santa Catarina, numa localização magnífica, com vista para a lagoa da Conceição. O pôr do sol, as montanhas e todo o entorno são de encher os olhos. Ali ele sempre teve um bar e um restaurante para atender aos clientes. Depois, ele abriu o espaço para o público externo. Como estávamos com toda a estrutura armada pensamos em abrir o bar da cervejaria lá. Tivemos que fazer mais uns investimentos para adequar o local, com câmeras frias, uniformes, etc e criamos o primeiro bar lá.
Antes de Novo Hamburgo já havia uma experiência com o segmento, então?
Sim. O bar em Novo Hamburgo nos foi oferecido pelos antigos donos do Pubis, com quem também sempre tivemos um ótimo relacionamento. Não foi uma decisão muito fácil, fiquei com um pé atrás no início, mas refletimos muito e resolvemos encarar o desafio. Era uma oportunidade única, a casa estava toda estruturada. Entretanto, nossas avaliações também mostraram que seria impossível abrir sem ter um sócio operacional, para estar efetivamente cuidando do dia a dia do negócio. Não bastava um gerente. Assim, entrou o Bruno Santos, que é formado em gastronomia e já cuidou de toda parte de formulação de cardápio, fichas técnicas e está contribuindo enormemente conosco.
Essa experiência do bar, por ser em Hamburgo Velho, te traz benefícios?
Hamburgo Velho tem seus apelos e seus encantos e eles nos fazem acreditar muito no futuro do bairro. Estamos na Maurício Cardoso, uma das principais ruas da cidade hoje em dia e que tem uma oferta muito qualificada de bares e restaurantes, além de grande diversidade de negócios bacanas. É um polo gastronômico, na nossa visão.
Essa casa antiga, histórica, ajuda no apelo do bar?
Com certeza. Tanto que a gente transformou a entrada, que antes era pela lateral, justamente para possibilitar um circuito diferenciado aos nossos clientes. No caixa ele se depara com uma descrição da casa, contando a história e isso cativa, gera interesse. As pessoas ficam sabendo que as paredes da casa são de 1840 e são originais. Agrega, né? E nos auxilia na questão de apelo cultural da casa.

Que características do bairro você destacaria?
É um bairro seguro, bem estruturado, com peso histórico e cultural muito importante. Não tem buracos nas ruas, que são bem sinalizadas, as calçadas são bem conservadas…
O que poderia valorizar o bairro ainda mais?
Mesmo os pontos positivos podem sempre ser melhorados. Uma monitoria do bairro, poderia reforçar ainda mais segurança, por exemplo. O trânsito teria que ser melhor avaliado, porque temos poucas vagas de estacionamento e as vezes o layout das ruas dificulta a movimentação das pessoas, dos fornecedores, inclusive.
Tu investirias ou recomendarias investir no bairro?
Se tem algum bairro que eu investiria no momento seria nesta região, com certeza.
Ainda não conheço, apesar de morar próximo. Mas coloquei na lista. Muito atrativo. Obrigada por compartilhar. Sem dúvida, excelente opção.
Estou louquinha para conhecer.
Espero em breve dar uma chegada.
Vou conhecer!
Que bom termos mais um lugar agradável e seguro neste bairro encantador.
Sucesso aos empreendedores.
Maravilha!
Novo Hamburgo cada vez mais atrativo.
Parabéns! !
Que bacana! Jovens empreendedores surgindo com qualidade e profissionalismo. Com certeza irei conhecer. Excelente reportagem Jorge!