FEZ QUE FOI, MAS NÃO FOI

Nosso propósito aqui é falar de coisas boas, de conquistas, de futuro, de esperanças, de uma cidade melhor. Nem sempre vai ser possível, é claro. A vida não é feita só de felicidade, como bem expressa Wander Wildner, compositor e músico gaúcho, numa de suas canções, onde diz: “- Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro.” Só que nessa letra ele se refere ao individual. E o assunto entre nós é na maior parte do tempo o coletivo, porque todos somos e formamos Novo Hamburgo.

A prevenção está em nossas mãos.

Estou triste, e tenho certeza que você também, com o rápido retorno da nossa comunidade à bandeira vermelha no controle da pandemia. Temos que fazer negócios, claro. Temos que produzir, certamente. Temos que conviver com outras pessoas, lógico. Mas ignorar os cuidados, descumprir os protocolos, fazer pouco caso da ciência, é um tanto desanimador. Não é só aqui, fique muito claro! Mas aqui é o lugar onde eu vivo e onde quero sempre o melhor.

A Covid, como boa parte dos males que afligem o mundo, é traiçoeira. Fez que foi, mas não foi. Só que sua máscara caiu na Europa e em outros cantos do mundo antes dela desembarcar aqui. E deixar-se envolver por um filme já visto, convenhamos, não nos representa. Não condiz com aquilo que fomos e que queremos ser.

Novo Hamburgo não vai acabar, o mundo não vai acabar. Mas teremos que retroceder, todos, outra vez. Será que estas dificuldades vão nos ensinar coisas que já deveríamos ter aprendido? Ou teremos que repetir de ano, como um aluno que não entendeu a lição? Espero que não.

Perdoem essa abordagem, mas foi necessária. A responsabilidade não é só minha, não é só tua, do poder público, mas é do teu vizinho também, dos pequenos negócios que querem se manter abertos, das lideranças que prometem ajudar e cuidar das pessoas, das empresas que mantém a economia de pé. Fazer de conta que ajuda, não ajuda nada e nem ninguém. Vamos à luta. De verdade.

 

 

 

 

 

 

9 thoughts on “FEZ QUE FOI, MAS NÃO FOI”

  1. Sua preocupação deveria ser também a de todos, pois só assim talvez não chegaríamos uma uma situação que está em frente aos nosso olhos, a pandemia talvez bem mais agressiva que antes, contaminando um número bem maior de pessoas.

  2. Importante nos posicionarmos todos, caro Jorge! Escutei em uma entrevista de alguém , também preocupado, em SP: “será que o cansaço venceu o medo?” E pensei, comigo mesma, que não é bem o medo: o cansaço, a pouca resistência de algumas pessoas, transformou-se na negação de um problema que existe, é real e é grave, assim como intensificou a desconsideração pelo outro, pelo coletivo. Lamentavelmente, o que tem-se observado é que, quem mais tem promovido o incremento de contaminação, não são aqueles que andam de ônibus ou de trem se deslocando para trabalhar, mesmo sob risco de exposição maior; quem tem irresponsavelmente promovido a “onda” de contaminação, são aqueles que ligaram o “f***-se”e estão se amontoando em eventos e festas desnecessárias, sem distanciamento e, obviamente, sem máscaras. Enquanto uns lutam para preservar vidas, economia e trabalho, esses desconsideram qualquer cuidado em relação aos demais, ao futuro e a si mesmo. Parece ter se aberto uma porteira por onde saiu uma boiada insana e desesperada, ignorante dos perigos e das consequências de seu desatino. Lamentável!
    Só nos resta nos mantermos firmes, fazendo o que está só nosso alcance para proteger a nós e a quem conosco convive.
    Que o Divino nos inspire e proteja!

  3. E isso aí se cada um não fizer a sua parte todos iremos sofrer ainda mais com as consequências. Vamos seguir com cuidado e responsabilidade.

  4. RESPONSABILIDADE!
    Esta ação, deveria ser a direção obrigatória de todos! A vida deve continuar acontecendo, porém sem a mesma rotina. À nove meses mudamos hábitos, travamos uma batalha contra o desconhecido e essa situação atípica e assustadora deveria ter nos ensinado mais sobre egoísmo. Deveríamos ter aprendido mais sobre proteção a nós mesmos e aos outros. Vida e trabalho são indispensáveis e possíveis, quando realizados de forma responsável! A saúde deve ser tratada com carinho e absoluta responsabilidade! Acima de tudo, muita Fé e amor a nós e ao outro!

  5. Muitos se despreocuparam com o vírus!
    Ele é invisível e nós somos visíveis, temos portas para ele entrar, se instalar, e se aconchega de forma devastadora no nosso corpo.
    A vida é uma só!
    Não nos abandonemos e tão pouco nos descuidemos, pois ele está aí e veio para ficar, mutar e fazer -nos sofrer, chorar, mas não desistir de combatê-lo…higienizar-se, usar máscara, álcool gel não devem ser banalizados, usar frequentemente.
    Há muito escrevi no meu face que teruamos, depois das eleições, o que estamos a assistir, lamentavelmente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *