QUANDO TÍNHAMOS RITMO CHINÊS

Diz a sabedoria popular que “Quem vive de passado é museu”. Mas como somos Novo Hamburgo, este é um assunto recorrente aqui no blog. Já contamos muitas histórias e temos muitas outras para contar, de pessoas como Dalvis Augusto Melo, da Millforross, empresa com 21 anos de atuação.

Dalvis quando chegou em Novo Hamburgo, ficou impressionado com a rapidez que as coisas aconteciam por aqui.

Nascido em Nova Bréscia, berço de churrasqueiros que se espalharam pelo país, a família de Dalvis mudou-se para Arroio do Meio quando ele contava 6 meses de vida. “Tive muitas dificuldades na infância: para estudar era longe e o acesso era difícil. Morávamos bem no interior mesmo.”

Era comum, na época, as pessoas permanecerem por anos numa empresa. Dalvis exagerou um pouco: “Trabalhei numa empresa só, a Costaneira Materiais de Construção. Comecei em Lajeado, passei por várias filiais e, com 22 anos, fui gerenciar a loja de Taquari. 2 anos depois, me transferiram para Novo Hamburgo.”

Ficou chocado na chegada. Era o ano de 1983, a cidade crescia a passos largos, empregos pipocavam e o ritmo de tudo parecia alucinante, principalmente, se comparado ao de Taquari, lembra ele. Talvez não fosse o ritmo dos chineses, mas é um comparativo que dá ideia aos mais novos, de como já fizemos a diferença. E, tenho certeza, voltaremos a fazer.

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Jorge Trenz
  “Aluguei um apartamento e, belo dia, levantei de manhã e os caras estavam aplicando asfalto em frente ao meu prédio. De noite, quando cheguei em casa já estava pronto. Era uma rapidez incomum para mim.” O empresário conta que trabalhou na filial de Novo Hamburgo por 18 anos. Numa apresentação de produtos, ouviu do palestrante que o que iria crescer muito na terra do sapato era forro para a construção civil.

Ali a veia empreendedora se manifestou e surgiu a ideia de abrir a própria empresa. “Eu passei por todos os cargos dentro da Costaneira e sempre me destaquei foi no comercial. Resolvi arriscar, em companhia do meu amigo Tadeu. Fizemos a sociedade.”

Millforros: soluções práticas e inovadoras em transformação de ambientes.

Como aconteceu com quase todos os empreendedores que já conversei, o início foi dureza. Mas os sócios da futura empresa aplicaram, naquela época, alguns conceitos difundidos hoje. Fizeram uma pesquisa de mercado, se organizaram com reuniões semanais de planejamento e, no mês de março de 1997, após o retorno das férias, Dalvis, nas suas palavras, “pediu as contas” do emprego de tantos anos.

“Eu conhecia alguns tipos de forro, na época de PVC estava no auge. Logo depois chegou o gesso acartonado.” O início da empresa foi numa peça de 100 m². Mas logo o espaço ficou pequeno e os sócios precisaram arcar com 6 meses de aluguel que faltavam para o encerramento do contrato de locação. Mudaram-se para um pavilhão de 800 m².

O conhecimento comercial ajudou na percepção que ajudou a marca a se diferenciar no mercado. Dalvis percebeu que seus clientes não tinham tempo. Passou a atendê-los em horários especiais, ou seja, adaptou-se às necessidades dos mesmos. Mais uma lição apregoada fortemente hoje em dia, que ele aplicou lá atrás.

“A Millforros começou com nada, apenas com o dinheirinho da rescisão. Eu fazia os orçamentos, vendia, pegava o material no atacado e instalava. E assim foi nos primeiros 6 meses, até que tivemos que fazer a mudança para o novo local, onde permanecemos por 4 anos. Surgiu, então, a oportunidade de comprar o prédio onde estamos estabelecidos até hoje. Este imóvel foi um grande sonho realizado.”

Sede própria junto à BR-116.

Hoje a Millforross atende a grande Porto Alegre, o Vale do Paranhana, toda a região da serra, Alto Taquari. Fora do estado, tem obras no Paraná, em São Paulo e no Maranhão. “A Millforros tem estrutura para atender as exigências dos shoppings. Fizemos obras da Arena do Grêmio e do Beira-Rio. A maior virtude da Millforros é a capacidade de começar e entregar uma obra”, orgulha-se.

O bairro Rio Branco é um bom lugar para empreender, eu pergunto. “Sim, é um bairro com bastante mão de obra, de fácil acesso, tem espaço. O que está faltando é mobilidade. Está demorando o projeto que deve estar no Dnit para que as pessoas que vêm da região de Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos, Sapiranga possam chegar nesse lado da cidade. Isso valorizaria tudo, imensamente”.

Dalvis acredita que Novo Hamburgo teria um grande empuxo se criasse o distrito industrial que, nas palavras dele, ficou sempre na promessa. “Não tem crescimento se não tiver indústria para empregar. As empresas de calçado saíram e não foi feito nada”, finaliza.

Fotos: Divulgação

 

6 thoughts on “QUANDO TÍNHAMOS RITMO CHINÊS”

  1. Mais uma vez pessoas que acreditam e consegue com esforço criar uma empresa grande como a milforros parabéns a todos, gerando assim empregos.

  2. Quando fui síndico do prédio onde tenho minha clínica, O ed.Cosmos, contratei a Milforros para fazer as alterações exigidas pela PPCI,dos bombeiros . O Sr. Dalvis veio fazer as medidas das paredes antichama. Não conhecia a história dessa empresa…até agora.

  3. É de fato uma grande trajetória, visto que em nosso país, são grande as dificuldades de crescer, firmar empresa e se manter no mercado tão competitivo no dia de hoje.
    Mas tem algo que dizemos diferente,esse talvez seja o motivo de nosso amigo Dalvis, para o sucesso, qualquer negócio só vai pra frente quanto é feito de forma séria, dedicação e disciplinas.
    Parabéns Dalvis você merece.

  4. História linda, de muita garra e competência, digna de ser contada.

    Tive o prazer de conhecer a Millforross, e seus sócios fazem 6 meses e ficou evidente que dado sua competência, ética e garra, irão brilhar por muitos e muitos anos ainda. PARABÉNS Dalvis, Tadeu e Mário.

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