SIM, SENHORA! VOCÊ TEM TODA A RAZÃO

A decisão é a dois, mas a definição é delas

O empoderamento das mulheres se consolidou nas mais diferentes atividades. Elas abriram espaços em segmentos e decisões que eram quase que estritamente masculinos, sem tirar o pezinho de onde já tinham colocado o salto. O mercado imobiliário é um perfeito exemplo. E vamos convir: nesta questão em especial, elas decidem com mais pertinência e sabedoria. Cientes disso, os homens não se atrevem a cogitar, sequer pensar em fazer a compra de um imóvel para moradia sem ter a aprovação total da sua cara-metade. A experiência me indica isso há muito tempo, mas as estatísticas vêm transformando a percepção numa claríssima evidência, ano após ano. Há, entretanto, outras sutilezas interessantíssimas nessa relação.

À razão falta um certo “feeling”. Ela não sonha com as cores, luzes e texturas e, muitas vezes, não tem sensibilidade para projetar ambientes acolhedores e agradáveis. Por sua vez, a emoção não consegue sentir-se plena num espaço qualquer, longe de tudo e de todos, só pra economizar um dinheirinho. Ela quer saber onde nasce o sol, se o silêncio virá lhe fazer companhia ao menos em algumas horas do dia, se o lar será um refúgio ou apenas subterfúgio para o extremado corre-corre diário. Resta, assim, chegar a um entendimento.

Como Consultor Imobiliário, tenho assessorado e orientado casais na escolha da melhor alternativa, respeitando sempre as características pessoais, as expectativas dos futuros moradores, o cenário econômico-financeiro e outras variáveis que compõe o processo decisório. Um trabalho que precisa ser executado com extremo cuidado, dedicação e sensibilidade, dada a importância dessa decisão na vida das pessoas.

 ELAS SÃO MAIS PRÁTICAS

OBJETIVOS, ELES TAMBÉM QUEREM AGRADAR

Quando duas pessoas decidem morar juntas é porque estão unidas por laços diversos. Têm apreço pelas mesmas coisas, um estilo de vida semelhante, gostam de compartilhar seus momentos livres na companhia do outro. Mas só amor não basta. Mais cedo ou mais tarde, vão querer também um endereço pra chamar de seu. Até aí os dois são pura sintonia. De olhos fechados, tocam a mesma partitura. Mas o que cada sexo prioriza na hora de escolher a moradia?

Geralmente, o homem pensa mais no financiamento, na documentação exigida e em informações mais técnicas. Se ocupa raciocinando se está ou não realizando um bom negócio, analisa descontos e projeção de custos e dá atenção às questões de segurança e de lazer para a família. A mulher, mesmo tendo preocupações semelhantes, vai além.

A mulher se dedica a imaginar o imóvel como a casa que atende aos desejos, onde poderá ter qualidade de vida e constituir um lar. De forma geral, é mais detalhista com os acabamentos, considera as opções que ela terá para closet, quartos ou suítes para as crianças, decoração, se a casa tem espaço verde e jardim, se comporta animais de estimação, se tem área de lazer. Elas sempre se preocupam com a distância do imóvel para o comércio, escolas, supermercados, como é a vizinhança e as alternativas para receber bem familiares e convidados. Normalmente é ela que vai decidir o dia a dia da residência, independente de ser dona de casa ou não e, por isso, sua visão é mais abrangente e origina perguntas que o homem nem tinha pensado. Daí vem seu poder de decisão final, que me atrevo a dizer, chega perto de 80% a favor delas. Já atendi casos de casais que, apesar de todos os pontos favoráveis do imóvel, não fecharam negócio porque a mulher disse que não era isso que tinha sonhado.

O homem não compra um imóvel que a mulher não gostou. Porém, é ele quem toma a decisão, na maioria das vezes, de procurar o corretor, informar-se sobre formas de pagamento. Eles se preocupam com a estrutura, o valor da taxa condominial, com o espaço que a família terá. Tamanho da garagem, churrasqueiras e quadras esportivas também são pontos de atenção masculino. A objetividade é natural neles na hora de comprar praticamente tudo, mas no caso dos imóveis há um cuidado especial: uma grande preocupação com a mulher. É uma coisa de carinho mesmo. Eles se preocupam muito com elas, seu bem-estar e da família. É bonito. E quando tudo dá certo pra todos, aí fica bonito de verdade.

Trabalhar dentro do entendimento, da igualdade é uma grande conquista. Nessa questão imobiliária há sempre uma conjunção muito positiva, uma energia muito boa, porque mulheres e homens estão buscando um objetivo comum.  

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