QUAL É A SUA PRAIA?

Investir no litoral tem seus encantos e desencantos

Vem chegando o verão e quase todos nós voltamos nosso pensamento para a praia. Também pudera. É muito bom tirar umas férias na beira do mar, mudar de horários, de hábitos, se estirar na areia sob o sol, com a cabeça cheia apenas de vento. Mas muita gente me pergunta o seguinte: é negócio ter casa na praia? Lembro que na década de 70/80, quando o calçado estava em alta, os hamburguenses viam com bons olhos ter casa na praia. Até porque, naquele tempo, as mulheres não estavam tão envolvidas com o mercado de trabalho como agora e, logo após o Natal, saíam com os filhos para a praia para só retornar no início das aulas. Sem dúvida, ter uma casa no litoral era tudo de bom. Não é mais? Depende, pois tudo na vida tem dois lados. Um imóvel de veraneio é um bom negócio sim, desde que esteja de acordo com as características culturais e comportamentais do indivíduo ou grupo familiar. Por exemplo, para aquelas famílias à la italiana, como a do filme Casamento Grego em que avôs e avós, tios e tias, primos e primas, sobrinhos e sobrinhas, filhos e filhas, netos e netas, cachorros, papagaios, todos participam e gostam de estar sempre juntos o investimento vale. Não dá para reunir facilmente a turma toda num resort na Bahia. Quanto custaria só o transporte? Para as pessoas que não gostam de sair da rotina, desbravar o mundo, enfrentar aeroportos, traslados e todo tipo de surpresas que vêm agregadas ao “pacote de viagem” seguir para a velha e boa casa de praia também é mais jogo.

Bom dia, mar, sol e areia.

Há que se considerar, entretanto, que existem aborrecimentos: depredações feitas por vândalos, por frequentadores ou locatários; manutenção constante nos jardins e nos sistemas de elétrica e hidráulica, despesas mensais com IPTU e condomínio, além da conservação e limpeza permanente. Ou seja, tem que usar o imóvel para valer e, importantíssimo, escolher algo adequado ao seu perfil. Não gosta de cuidar do jardim? Opte por um apartamento. Não quer se aborrecer com manutenção tão cedo? Escolha um imóvel novo ou reformado. Por outro lado, há quem afirme fervorosamente que ter um imóvel na praia é um verdadeiro pesadelo. “Duas alegrias, uma quando se compra e outra quando se vende”, diria um cliente e amigo meu, que prefere viajar o Brasil e, de preferência, não repetir a mesma praia. É um ponto de vista e, novamente, fica evidente a importância de pensar bem e avaliar o que lhe traz mais compensação emocional e física. Para alguns, vale mais a pena pegar o dinheiro (referente ao valor do imóvel) e investir, pois com os rendimentos dá para viajar e se hospedar bem, além de não ter as preocupações que comentei. Essa conta fecha para uma família pequena, de casal sem filhos, ou com no máximo um filho. O principal nesta decisão é o seguinte: não faça negócios “emocionado”! Pare e pense. Faça contas e as confira repetidamente! E se a matemática fechar… faça bom proveito do seu imóvel na praia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *