ME DÁ UM ABRAÇO!

Nas partidas e nas chegadas, o abraço é o climax. Depois dele, a vista vai ficando distante, o cenário vai se transformando, sensações diversas se misturam e… Nosso mundo muda!  O inverso também acontece. Antes dele, o abraço, o coração acelera, os sentimentos se projetam desordenados à frente dos acontecimentos; uma história fica para trás, a imagem dos amores e das coisas da gente vai clareando e… Voltei! Que viagem! É outra vida.

Abraço é partida, é chegada… é dizer tudo, sem falar nada.

Confinados, não damos e não recebemos abraços. Não há partidas, não há chegadas. Novidades? Não temos tantas assim. Adiamos tudo. Paramos tudo. Aquele beijo ficou para depois. Aquele sonho vai ficar para depois. Nossos projetos vão ter que esperar. Mas o tempo passa, o tempo voa. Logo, logo o abraço volta. O sorriso reaparece. O vai e vem do mundo acontece outra vez.

Que a gente aprenda a valorizar o abraço antes da ausência.

Quando tudo ficar “normal” novamente – e que seja logo – gostaria que você olhasse, se inteirasse e participasse do projeto que estamos tendo que segurar, porque envolve abraço, emoção, ir e vir, olhares, expectativas, conquistas. Ele envolve o mundo e um mundo de coisas que, talvez, o afastamento temporário nos faça perceber: somos muitos e somos só um que depende do outro.

As viagens alargaram as fronteiras e os conhecimentos da humanidade. Desvendaram novas terras, novos ares. Quantas descobertas: seda, especiarias, cores, diferentes amores. É tanta coisa, tanta mudança. As línguas, as roupas, os cantos, as crenças. A descoberta transforma e trazê-la para a realidade da aldeia é como um presente especial.

É nesse pensamento que queremos agregar pessoas com interesses no desenvolvimento de Novo Hamburgo. Como consultor imobiliário, tenho defendido que o patrimônio de cada um se valoriza quando o todo é valorizado. Uma solução que se vê ali no município vizinho ou lá naquela esquina distante de outro continente, pode ser a chave para resolver ou aprimorar alguma coisa aqui. Mas se ninguém trouxer a ideia, se ninguém falar, se ninguém revelar, como saber?

O abraço do reencontro sempre é o mais importante.

Do trabalho e da visão dos que nos precederam, ficou um legado invisível: a inserção que temos no comércio global nos faz viajar muito, enxergar coisas sob diferentes ângulos. O que o arquiteto vê, o empresário não percebe. A visão do educador, do médico, do desenvolvedor de sistemas, é diferente da do escritor. Mas todas contribuem para construir o amanhã. Na volta da viagem, um abraço e um presente surpresa, até nossa cidade quer. Aguarde!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5 thoughts on “ME DÁ UM ABRAÇO!”

  1. Que tudo isto volte depois festa viagem. Para reencontros, encontros, abraços e beijos.
    Tudo passa!
    Aguardemos por dias lindos que se aproximam. Fé e esperança é o que não me falta!

  2. Parabéns Jorge pelo lindo texto.Adorei.
    Sinto muita falta dos abraços e beijos, dos encontros mas tenho Fé e Esperança bem ligeiro tudo voltará a ser como antes, ou quem sabe bem melhor . Alguma lição temos que aprender com isto tudo que está acontecendo.

  3. Adorei a ideia – ou ao menos, o que tua escrita inspirou! Depois de nos abraçarmos e nos recuperarmos da saudade, que tal abraçar nossa cidade, nosso espaço? Que tal nos re-conhecermos no coletivo, nos colocarmos como protagonistas do nosso meio?
    Há muito o que pensar, aprender, fazer…

  4. Nossa! É maravilhoso todas essas palavras. Ainda mais quando nos deparamos com aquilo que realmente pensamos, sobre viagens, idéias, conhecimentos e tudo que podemos aprender com isso. Hoje mesmo minha filha que tem 8 anos, fez um relato de uma viajem que fizemos e por incrível que pareça, falamos tantas coisas que aprendemos e podemos por em prática aqui em nossa cidade. Parabéns Jorge pela iniciativa de grandes idéias!

  5. Gostei do texto Jorge! Acredito muito na interdisciplinaridade! Um mix de olhares formam um resultado mais especial e global para um problema. Mas além dos abraços aos quais estamos sentindo falta, é importante nos abraçar internamente, a partir do autoconhecimento. Um olhar pra dentro da gente. Depois seremos mais inteiros e fortes para abraçar os outros!

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