PONTO DE VISTA: Para que lado agora? Que tal em frente!

“Novo Hamburgo já era”, com Luís Coelho, foi um dos títulos mais controversos publicados aqui até hoje. Foi uma cutucada proposital e providencial para tentar entender um pouco mais sobre nós que crescemos, vivemos ou moramos nesta cidade o suficiente para ter acompanhado o forte processo de desenvolvimento patrocinado pelo calçado em várias áreas fundamentais. E, também, a retração e as mudanças contundentes ocasionadas pela realidade imposta quando perdemos importantes mercados internacionais.

A moeda rodopiou e dois lados mostrou: os dois, saudosistas. Sentimos falta, todos, daqueles bons tempos de empregos fartos, fábricas grandes, boas escolas, segurança e crescimento. Quem não sentiria? Sociedades que não tiveram ainda essa oportunidade, acredite, trabalham muito pra ter. Nós já tivemos e agora vivemos com a sensação do não ter.

Casa em Ivoti
Jorge Trenz
Na entrevista, Luís Coelho traz uma reflexão curiosa. Aquilo que fomos, se não era, tornou-se um projeto coletivo. Crescemos em torno de uma ideia: o sapato. Fizemos o Senai, escolas preparatórias, sequenciamos uma fábrica, um projeto de negócios. Isto viralizou e mostrou a oportunidade que a necessidade do outro abria. Criou-se, assim, nossa autossustentável cadeia coureiro-calçadista. “Que evoluiu e não morreu”, como afirma Coelho http://blog.jorgetrenzimoveis.com.br/2019/05/16/novo-hamburgo-ja-era-e-agora-como-será/

Pode haver controvérsias, mas é um excelente ponto de vista. Além de calçar as pessoas que vivem no planeta, temos oportunidades para voltar a ser protagonistas em áreas relevantes do futuro. E qual a importância de ter uma universidade envolvida nisso? Quem nos esclarece é o reitor da Feevale, Cléber Prodanov, na entrevista que fiz para a revista Expansão de junho.

5 thoughts on “PONTO DE VISTA: Para que lado agora? Que tal em frente!”

  1. Temos cidadania e educação. Temos FEEVALE. Temos Administração Pública forte e muito EMPREENDEDORISMO. O espírito de luta e inovação.
    Novo Hamburgo é cidade resiliente, promissora, inclusiva, criativa e próspera.

  2. Bela reflexão.
    Meu pai, Jorni kirsch, nos falava em 1987 sobre a crise que iriamos enfrentar . Ele era apaixonado pelo que fazia como vendedor de maquinas para curtumes. Época das ” vacas gordas”.
    Mas sempre nos alertava que o sapato em nossa cidade teria outro rumo.
    Interessante poder “escutar” uma outra maneira de pensar sobre o caminho que sem perceber construimos juntos.
    Muito bom!

  3. Sim isto é verdade , ouvi falar muito em que pessoas mais experientes no mercado , falavam que no futuro teriamos que passar por crise calçadista , mas com força e trabalho superariamos,hoje nem se compara com o quê tínhamos em nossa Cidade e região, mas os que se reinventaram estão aí no mercado dando emprego a muita gente.

  4. 100 anos de Solidão. A história se repete e isso não significa que nosso povo seja melhor ou pior. A condição de acreditar em uma realidade e entrar na zona de conforto é inerente ao ser humano. E nesse quesito sim, ficamos aquém de outros povos e outras civilizações. Tendemos a esquecer por que vencemos e então, não saberemos por que perdemos. Ainda podemos virar o jogo, com certeza.

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