Podemos voltar a acreditar em uma nova fase de crescimento para o mercado imobiliário a partir de 2019. Definida a eleição, o novo governo precisa agir rápido e com acerto. Obteve o aval nas urnas para implementar as medidas necessárias e coibir o caos financeiro e político que praticamente parou o país. Como está, não pode ficar.
Com taxa básica de juros em torno de 8% ao ano e inflação estabilizada no patamar de 3% a 4%, melhoram as perspectivas de termos crédito mais barato para a construção e aquisição de imóveis. Já é um alento e, sempre é bom ressaltar, a construção civil está entre os primeiros segmentos a reagirem a um pequeno sorriso da economia.
A Caixa já vinha acenando com sinais positivos para o mercado. Levou a taxa de juros de 10,25% para 9%, o que melhora o poder de compra da casa própria. Além disso, a porcentagem do que pode ser financiado no preço do imóvel aumentou de 50% para 70%. Também voltou a aceitar transferência de financiamentos que estavam sendo feitos em outros bancos, dando uma enorme contribuição para o aquecimento do ramo.
De acordo com levantamento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), se a economia reagir com firmeza em 2019, poderão faltar imóveis para venda no país. O que construtoras e incorporadoras estão conseguindo negociar no cenário de crise são seus estoques, afirma o estudo. Mesmo com um crescimento moderado, o estoque atual pode se esgotar em 12 meses.
O Brasil já viveu cenário semelhante em 2010, quando o país saiu de um crescimento negativo do PIB em 2009 (-0,1%) para 7,5% no ano seguinte. Isso ocasionou o consumo muito rápido das disponibilidades das construtoras e impactou nos preços dos lançamentos, que cresceram de 35% a 40% em centros urbanos com maior população.
Em Novo Hamburgo não é diferente. Há, sim, uma quantidade de imóveis prontos para morar, outra leva sendo construída, para atender uma grande parcela de compradores, que aguardam pela segurança econômica e politica para, enfim, decidirem a troca de endereço.
Nas conversas com engenheiros e arquitetos da cidade, tenho ouvido que a queda nas contratações de novos projetos pelas incorporadoras se manteve nos últimos 4 anos. Com estoque baixo, poucos lançamentos e uma demanda reprimida, o mercado imobiliário voltará a respirar mais tranquilo. Mas fique atento… os preços já não serão mais os mesmos.